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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
É sexta-feira e amanhã trabalha-se mas já entrei no espírito de fim-de-semana e férias! Vamos todos beber umas cervejinhas e comer bolos da lua (moon cake) e ver a tão aguardada lua cheia (como se fosse possível ver a lua em alguma cidade da China com toda a poluição a barrar o céu).
Bom fim-de-semana (zhoumo kuaile)
Esta senhora e a sua voz chegou até mim por acaso, quando, já cansada de lutar contra o sono que teimava em não vir, andava em busca de boa musica, isto depois de talvez de mais de 20 horas de viagem comigo a percorrer o player super interessante e completo da Emirates Airlines. Eis que me deparei com a banda de Grace Potter and the Nocturnals ou (GPN) se acharem a denominação comprida demais.
Ainda só ouvi 4 músicas do novo album, visto que o YouTube está censurado neste computador, mas Grace Potter (que além de ser linda de morrer) presenteia-nos este ano com o seu novo álbum intitulado de The Lion The Beast The Beat que está só para lá de bom.
Stars é um dos singles sensação deste álbum.
Fã confessa da banda irlandesa The Cranberries, é que a voz da vocalista é qualquer coisa de muito bom, (bom já foi melhor) e das letras das suas músicas que normalmente também não desiludem os fãs. Sou capaz de ouvir os seus álbuns sem nunca me fartar, e oiço, volto a ouvir e descubro sempre algo de novo, com poucas bandas sinto isto. Mas porque já lá vão uns aninhos, 12 anos para ser mais concreto, sem que a banda irlandesa lançasse um novo álbum, foi agora em inícios de 2012 que se fez notar o tão esperado regresso. Ainda que, confesso, não ache que o seu novo álbum intitulado Roses seja um excelente, é, de qualquer maneira, um álbum bastante agradável e, quanto a mim, estes mirtilos continuam docinhos e mais que recomendáveis.
Espero que não estejam mais 12 anos desaparecidos e que continuem a fazer música desta, ou melhor se não for pedir demasiado.
Não é single mas é, de longe, a minha favorita.
Assim se intitula o novo álbum da banda americana de rock alternativo Garbage depois de uma pausa de 7 anos. E eu estou viciada no álbum e com muita dificuldade em eleger uma música favorita, mas fica aqui o single que dá nome ao álbum, que a meu ver está uma maravilha, um verdadeiro eargasm para os apreciadores deste género musical.
A coincidir com o estado de espírito esta música:
É meia noite, portanto boa noite para mim.
Que a Etta me ponha a dormir que nem um bébé com este stormy weather em perfeita harmonia com o tempo chuvoso de hoje.
She's the queen, the queen of Jazz and Blues, oh Etta
Definitivamente não indicado a pessoas que estejam tristes, deprimidas, confusas, perdidas, decepcionadas, ou simplesmente a branco na vida. Não o recomendaria a pessoas que sofram destas patologias mas uma vez lido só posso deixar de concluir uma coisa:
Ninguém tem a capacidade de salvar alguém que não se quer salvar a si mesmo, ainda que seja uma preciosa ajuda, por maior que seja a vontade, o amor, a esperança, o esforço do outro não há salvação possível para uma pessoa que mergulhou nas trevas quando essa pessoa se abandonou a elas e não tem força suficiente para sair delas pelo seu próprio pé.
Temos de ser nós próprios a livrarmo-nos por nós próprios dos nossos fantasmas, sejam eles crónicos ou passageiros, é que os outros quando muito podem ser a mais valiosa bóia de salvação, mas não são o ar que só nós por nós próprios escolhemos respirar a plenos pulmões perante a maior ameaça, o medo ou o desespero.
Como a minha cabeça não dá para mais, e que prazer dos diabos me estava a dar ler norwegian wood de Murakami que oh, já o acabei, queria que ele tivesse prolongado a narrativa e, em vez das quase 300 páginas, tivesse antes escrito 500. Viciante, tenho de ler mais dele, sem falta este verão.
A única coisa que me decepcionou um pouco no livro foi o sexo, e sim o livro tem sexo que nunca mais acaba, aliás às vezes tinha a sensação que se repetia um pouco à volta da coisa, e não posso dizer que sejam partes do livro muito felizes, o autor refere-se ao sexo como algo, menos na parte final, opressor. Parece que o personagem está sempre a agonizar por ter desejo, por não poder concretizá-lo, por reprimir-se. É que dá que pensar, como é que algo tão bom pode ser tão mau ao ponto de pôr alguém a sofrer tanto, numa espécie de sofrimento infligido.
Vou ter de ver o filme, mas se o filme pegar na abordagem a seco que o autor fez sobre sexo deve ser um filme mesmo sofrido de ver.
Aparte este aspecto, o livro que trata essencialmente sobre a relação homem mulher, problemas psicológicos gerados por uma série de suicídios, sequelas que essas mortes provocam, a descoberta do amor sobreposto a outro amor sofrido. É basicamente isso, uma história de amor, mas contada de uma forma real, dorida, assim mais à queima-roupa e sem os floreados do "e viveram felizes para sempre".
nota a reter: De tudo o que mais gostei foi a forma como descreve a solidão, as refeições (o livro tá repleto de refeições) mas de longe a solidão é retratada tão meticulosamente que a conseguimos saborear até ao último sorvo.
Música mais perfeita para dias de chuva como o de hoje não deve haver. Não hoje pelo menos.
É, é... nem sei, é ouvir:
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