Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Ir à procura do que nos faz feliz remete-nos sempre para uma situação exterior a nós mas afinal procuramos no lugar errado já que e, segundo uma especialista no assunto com a qual me deparei quando estava há pouco a fazer zapping na TV, 50% da nossa felicidade é genética, ou seja, passada de pais para filhos, 10% circunstancial, depende de factores externos a nós, tudo o que nos rodeia e como isso nos afecta e uma grande fatia, 40% parte do nosso interior e está, por isso, depende unicamente da nossa vontade de sermos seres felizes, o poder para nos fazermos felizes está nas nossas mãos. Basta que me foque em descobrir o que me faz sentir bem comigo própria.
Achei o conceito um espectáculo, especialmente nestes dias que era mesmo o que precisava de ouvir isso, uma espécie de abre olhos. Afinal senão somos felizes é culpa nossa, falta de esforço e falta de gratidão por tudo o que temos e não soubemos aproveitar convenientemente.
Pronto agora que já sei que está nas minhas mãos, já sabia vá, só que uma pessoa, por vezes, tende a esquecer-se, vou concentrar todo o positivismo e energia necessária a potencializar a fonte da felicidade, que afinal sempre esteve em mim própria.
Estar viva por si só já é uma excelente razão.
Deixem que vos diga que isto de passar o dia a ver (mesmo que muitas vezes seja só em versão digital) casas de luxo, villas com vista de mar, apartamentos com vistas de rio, jardins e piscinas de meter inveja, anula-me toda e qualquer vontade de trabalhar.
É só porque não tem piada alguma por inúmeras razões que agora não me apetece estar para aqui a apontar.
Focus on work.
Oscar Wilde ensina:
A única maneira de nos livrarmos de uma tentação é cedermos a ela.
E vai daí tenho as minhas dúvidas.
Custa tanto confiar em alguém que caí de pára-quedas na nossa vida, vinda sabe-se lá de onde, com que passado, de que carácter, na verdade, às vezes, o que custa mesmo é confiarmos em nós próprios e provarmos que conseguimos não ser uma pessoa sempre de pé atrás.
A vida fez-me ficar de pé atrás, e contornar essa herança agora é como ter de aprender a andar de patins e cair vezes sem conta sem dó nem piedade, até se ganhar de novo o equilíbrio perdido.
Habitualmente diz-se que uma pessoa tem maus fígados se tiver assim um feitio difícil e insuportável ou um horroroso mau acordar. Eu que até sou uma gaja bastante porreira na maior parte do tempo tive hoje a comprovação que sofro deste mal (mau acordar), que em boa verdade, já sabia mas achei um piadão à minha avó, senhora dos seus 77 anos, quando disse "eu não te telefono porque podes estar a dormir e depois ficas mal disposta".
E pronto assim é. É mau acordar e acordar com pessoas a fazer barulho às 7h da manhã, dá-me cabo do "fígado".
Quanto a isto de ter mau fígado descobri isto:
Expressões como: “ Tem cá uns fígados”, ou “Tem maus fígados” são muito comuns entre nós e servem para denominar um determinado estado de espírito ou emoção, geralmente associada a raiva ou cólera.
Para a Medicina Tradicional Chinesa o fígado é o órgão que regula as emoções. O órgão associado ao subconsciente e à região do hipocampo (sistema límbico) que administra as emoções e a oscilação de energia, que influencia o nosso humor.
Já perdi a conta de quantos posts começo a escrever e que nunca acabam publicados. Tenho cá para mim que um dia destes tenho mais posts em rascunho que publicados... Um pouco à semelhança da minha vida!
Eu escrevi um post, que se perdeu ali entre o clique no botão "publicar" e a publicação e, como eu estou tão cansada, resumo assim:
Eu sei, eu bem que não devia, mas dei com isto, e fiquei com vontade de me ter enfiado naquele avião no domingo passado, que a propósito foi engrossar a minha lista de dinheiro perdido dos últimos tempos :\ e ai que saudades da minha praia, da minha casinha, da minha famelga, da minha terrinha...
Este não vai ser um mês fácil!
Eu sempre tive problemas de concentração, lembro-me de, quando tinha exames, ter de batalhar contra mim mesma para me focar naquilo que estava a ler, naquilo que estava a estudar, tinha sorte é que uma vez focada as coisas entravam naturalmente e por isso nunca tive propriamente chatices com notas de espécie nenhuma, relativamente às Humanidades claro. Sempre fui, assumidamente, uma mulher de letras e com muito orgulho.
Mas hoje, e sendo das coisas que mais condeno nos meus alunos, eles estarem sempre com a cabeça nas nuves e nunca dentro da sala de aula, voltei a tentar estudar com pés e cabeça e vejo-me desconcentrada por tudo e por nada. Digamos que detesto obrigar-me a algo, e ter de me obrigar a estudar é cada vez mais difícil, mas tem de ser.
Afinal estudar é um exercício que quanto menos praticamos mais estranho nos é e eu estou mesmo desacostumada destas lides. Digamos que olhar 20 vezes de 2 em 2 minutos para o meu mail também não ajuda nada.
Ando numa fase muito confusa da minha vida, entre aquilo que penso querer, aquilo que se proporciona, e aquilo que sonho... digamos que vai uma grande confusão nesta cabeça.
Assim são os tempos de mudança...
Todo o emprego tem um lado bom e um mau.
O lado bom de ser professora é ter todo o tempo de antena do mundo. Às vezes dou comigo a falar quase 90 minutos seguidos sem parar. E isto para quem tem, por vezes, 6 horas de aulas por dia é só como quem diz fartar-me de gastar latim, e, às vezes, dá a sensação que é mesmo em vão.
O lado mau é que naqueles dias que não te apetece sequer abrir a boca, não socializar, não ver ninguém e desejar passar despercebido por tudo e por todos não podes fazer nada disso e tens de fazer das tripas coração para ter de falar as tais 6 horas sem que se deixe notar que nesse dia estás tudo menos virada para a comunicação.
Mas hoje começa o countdown para ir para casa, daqui por um mês estarei a regressar a Portugal :)
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.