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Perdido e "perdida"

por mandarina, em 15.08.14

Sou uma blogger do piorio, nem agradeci o destaque dado ao meu último post. Um obrigado atrasado à equipa da Sapo pelo destaque. Toca a ler livros em inglês, mas cuidado para não os perderem como eu.

 

Passo a explicar, então andava eu a ler, toda feliz da vida, The Book Thief de Markus Zusak, versão original, e não é que por distracção perdi o livro.

Bem primeira vez que me acontece, perder um livro assim sem mais nem menos, fiquei mesmo estupefacta com a minha distracção. Vai uma pessoa cheia de malas e coisas na mão, pousa as coisas sabe-se lá onde e depois de um maravilhoso jantar com amigos dou pela falta do livro, fiquei fula comigo.

 

O mais caricato ainda é que a protagonista do livro, Liesel Meminger, a menina que roubava livros, adquiriu o primeiro livro da longa colecção dela, porque, durante o enterro do irmão mais novo, um aprendiz de coveiro perde o livro que andava a ler sobre a profissão. Assim que o primeiro livro da colecção da menina que roubava livros é sobre a arte de um coveiro.

Depois que passou a ira, achei piada ter perdido o livro, e fiquei a imaginar quem foi o felizardo ou felizarda que o encontrou, ainda a pensar se a pessoa em questão iria lê-lo ou não pelo facto de estar escrito em inglês. (ou simplesmente por não achar piada a livros, há tanta gente assim, não percebo bem como, mas há.)

 

E pronto, agora, sinto-me tentada a comprar o livro novamente, ou então vou vasculhar bibliotecas e na colecção de amigos a ver se algum tem este livro, para não ter de o comprar novamente. Isto porque recentemente comprei alguns, e hoje sinto-me tentada a comprar mais 2, tudo por culpa dos saldos e promoções da Wook.

 

E é que agora nem sei o que leia, não sou de deixar livros a meio e começar a ler outro deixa-me "perdida", mas se bem que neste caso a paragem é forçada...ahaha

 

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Ler em inglês

por mandarina, em 31.07.14

Já me tinha esquecido do bom que é ler em inglês, e espanhol também seria. Tirando o Português só conseguiria ler um livro integralmente escrito nestas duas línguas estrangeiras.

É tão fácil, e eu dou sempre por mim a optar pelo caminho mais fácil, ler as traduções, mas a partir de agora vou tentar reverter a tendência e ler livros sempre que possa no original, isto quando eles forem escritos na língua nativa do autor, ou seja, autores cuja língua materna seja inglês e espanhol, ou que escrevem nestas línguas. O que é muito fácil visto que muitos dos meus autores favoritos escrevem mesmo nestas línguas. Tirando os russos, alemães, franceses, japoneses, italianos, esses é, que pronto, não vai dar.

 

Ando deslumbrada com o livro que ando a devorar, The book thief (a rapariga que roubava livros), de Markus Zusak, autor australiano, que tem uma escrita encantadora que nos prende desde o primeiro minuto.

Diz coisas assim fofas como esta:

 

The only thing worse than a boy who hates you

a boy who loves you

 

Ao que eu acrescentaria, unless you love him back!

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Tão atual como em 1941

por mandarina, em 24.07.14

"Sempre julguei entender o suficiente de homens.  Julgava que eram formados por oito partes de vaidade e duas partes de outra coisa qualquer... Porque nove em cada dez homens julgavam que,  ao fazerem-me olhinhos, eu iria colocá-los num pedestal, e que os adoraria por serem tão bonitos e cheios de engenho. E querem que falemos numa vozinha melosa, que nos rocemos por eles como uma gata com cio, entremos em êxtase com a sua tremenda inteligência, que eu, naturalmente, uma rapariguinha pobre e modesta, ignorante, uma florzinha de inocência e ingenuidade, não podia, decerto, compreender facilmente a sua imensa grandeza... (...)

(...) são a tal ponto vaidosos, na cama e à mesa, em passeio (...) são todos tão vaidosos que até parece que a vaidade é a única doença incurável do género humano."

in a Mulher Certa.

 

Atual, não? Isto tendo sido escrito por um homem ainda lhe confere maior grau de veracidade. Que grande e perspicaz apreciador do género humano era este Sándor Márai.

 

Mais passagens interessantes seriam muito pertinentes de citar, mas, em vez disso, recomendo, a quem interesse pois claro, ide ler este grande autor húngaro.

 

 

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A falta que faz

por mandarina, em 16.07.14

"porque é que na escola não se ensina nada sobre as relações entre homens e mulheres? A pergunta é séria, não estou a brincar. No fundo, é tão importante quanto os montes e rios do país, ou as regras fundamentais do discurso. Pelo menos, influi sobre a serenidade da pessoa, tanto quanto a educação ou uma norma da escrita. Penso que, no momento certo, pessoas inteligentes e preparadas, poetas, médicos, deveriam falar aos jovens da alegria da convivência, das possibilidades de vida a dois, homens e mulheres..., não da "vida sexual", mas da alegria, da paciência, da modéstia, da satisfação. Quando verbero os homens é que neles desprezo, talvez, acima de tudo, essa cobardia - a cobardia como escondem, de si mesmos e do mundo, o segredo da própria vida."

Sándor Márai, in a Mulher Certa

 

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A mulher certa

por mandarina, em 15.07.14

Tendo feito uma ligeira pausa no Livro do Desassossego de Fernando Pessoa, que aquele livro deixa mesmo uma pessoa desassossegada como um amigo meu já o tinha referido, ando deliciada com este, " A mulher certa" de Sándor Márai.

 

E que livro, estava capaz de o citar todos os dias, e tenho a certeza que é daqueles livros que voltarei a ler sem pensar duas vezes, e arrisca-se a ser o primeiro a ser sublinhado. (não tenho esse hábito porque penso sempre que o vou emprestar a alguém e as partes sublinhadas desmarcaram-me).

 

"Que, nestas coisas do sentimento, não há conselhos. Era o que também eu suspeitava, vagamente. No fundo, não há nenhum "conselho" para a vida. As coisas acontecem, é tudo."

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Leituras em dia

por mandarina, em 07.05.14

Ler mais este ano é o objectivo. Tenho tempo o que já por si é óptimo, tenho vontade e tenho uma mini pilha de livros em casa.

Este ano já li alguns (os da imagem direita), e estão por ler outros (os da esquerda). E por comprar muitos, está quase aí a feira do livro de Lisboa, será a primeira vez para mim, espero não me desgraçar muito na carteira.

 

 

Leitura do momento

So far so good

 

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Motivação

por mandarina, em 22.04.14

Motivação procura-se especialmente aquela que me fará voltar a exercitar o corpito. Ando a prometer regressar ao ginásio há mais de um mês e até agora nada. Será em Maio?

 

Enquanto não me dá para cultivar o físico vou cultivando o intelectual, aliás é muito mais saboroso e fácil. É só ter um livro à mão :)

Ontem acabei de ler um livro de uma autora totalmente desconhecida para mim, Sarah Dunn, o título em questão era "Quando menos esperamos...". Literatura light, o que normalmente não faz muito o meu género, tendo sempre muito mais para grandes autores. Mas resolvi dar uma chance a este género. Leu-se bem, a mensagem que vinculava é: vive a tua vida, take nothing for granted, encara a vida como uma sucessão de coisas boas e más em que ser feliz exigirá não exigir demasiado de ti ou dos outros, porque uma coisa é certa, a vida dará as reviravoltas que tiver de dar e o poder que pensamos ter sobre os outros e os seus sentimentos é meramente uma grande e enganadora ilusão. Não há certos nem errados, há vidas à espera de serem vividas sem moralismos.

 

Bom este livro foi um escape de fim de semana, e à literatura eleita de sempre, Saramago, Garcia Marquez, Eça, Dostoiévski, Steinbeck, Murakami, Llosa, Jorge Amado. Mas estou a precisar de alargar o meu leque de escolhas, e tenho tentado ler mais autores portugueses. No entanto, ainda nenhum dos contemporâneos me despertou particular interesse.

 

Um dos últimos livros que li foi "O véu pintado" de Somerset Maugham e dele já tinha também lido Servidão Humana e entrou necessariamente para a minha lista de autores favoritos. E descobri que o filme "o véu pintado" não é fiel ao livro, aliás nada fiel, e o que o livro é upa upa mil vezes mais imperfeitamente perfeito que o filme.

 

Que nunca me falte o que ler. E tempo também.

 

 

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Valha-me

por mandarina, em 13.11.13

Acredito que tudo o que é mau nos fará sentir mais fortes, se a isso sobrevivermos. Que, apesar de não sermos inquebráveis, sabemos que até dos maus bocados podemos tirar alguma coisa de bom.

 

Eu não sei até que ponto tive a sorte de encontrar este livro, ou terá sido ele a encontrar-me. Mas para o caso de estar prestes a ceder a qualquer sentimento menos nobre vou ter isto sempre em conta, bem guardado no meu coração, ponto assente na minha razão como arma, mas mais do que isso, como certeza absoluta.

 

A armadilha do ódio é que ele nos prende demasiado estreitamente ao adversário.

Pouco a pouco, a imagem envenenada do homem desaparece-lhe do espírito, onde bruscamente surge a seguinte frase: não posso odiá-los porque nada me liga a eles: não temos nada em comum

 

Uma vez mais, Milan Kundera,

in A Imortalidade

 

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...

por mandarina, em 12.11.13

Se não tens nada de interessante que escrever, não escrevas. LÊ! e cita

...ouviu a voz invisível de alguém que lhe dizia: «Aqui está um homem! O verdadeiro. O único. Não há outro no mundo.»

...experimentava uma felicidade não isenta de certa melancolia: o único homem que se sentia capaz de amar era ao mesmo tempo o único que lhe era proibido.

 

É isto, Milan Kundera sempre no seu melhor,

in A Imortalidade.

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não tão "great"

por mandarina, em 05.06.13

Está uma gaja que adora ler com grandes expectativas relativamente a um livro, e que opta primeiro por ler os livros e só depois ver as adaptações ao cinema para no final de ler o livro chegar à conclusão que não percebo tanto assim porque acham o "the great gabsty" um grande livro, a meu ver de "great" tem muito pouco, mais uma prova que os gostos literários são muito relativos.

 

Não me prendeu de maneira nenhuma, nem no inicio nem no fim, achei a história tão pouco criativa, tão pouco sentida, e tão teatral, tão à americana, tanto que um livro que se lê em uma ou duas noites afinal deu para uma mão cheia delas e ainda me deu sono no final.

 

Já há muito tempo não via as minhas expetativas tão defraudadas. Pelo menos já posso ir ver o filme descansada, ainda que já tenha lido que o filme até se manteve fiel ao livro, o que não abona nada nesta equação. Antes me tivesse ficado só pelo filme, que agora já sei o que vai acontecer. Espero que pelo menos o filme supere de longe o fraquinho que é o livro (na minha opinião claro).

 

Alguém que me explique onde é que a jóia do livro pára porque eu não a encontrei, será que foi por tê-lo lido em inglês? Não, acho que foi mesmo a escrita do autor que não me apaixonou.

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