Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Este excelente filme, A última Estação de Michael Hoffman, que vi ontem e me emocionou (também não é preciso muito para isso) basea-se na vida de Tolstói, marido e escritor, ensina-nos que há pouca coisa no mundo mais forte do que um verdadeiro amor, indestrutível na base, inabalável perante a diferença de ideais, só impotente perante a morte. Nunca li Liev Tolstói e não sei nada além de que foi considerado um dos maiores mestres da literatura russa do século XIX, um ser iluminado segundo os seus seguidores, e responsável pela defesa de valores pacifistas.
Mas porque para disfrutar deste filme não é preciso saber mais do que o essencial uma vez que este filme foca-se nos últimos anos da sua vida como um homem que procurava lutar pelos seus ideais, mesmo que isso significasse lutar até contra o amor da sua vida, a sua esposa Sophia. Ao fim e ao cabo, é a história do homem que inspira todos à sua volta com a sua visão utópica por um mundo melhor e na vivência de um amor sobre-humano, que se vê preso nas redes dele o que o consumiria e o levaria a temer pela realização dos seus ideais, sendo mesmo obrigado a abandonar a sua vida, casa e família em busca da vida simples que tanto apregoava como a única ideal em vida.
O filme está muito bem conseguido, Christopher Plummer, o actor que dá vida a Tolstói consegue transmitir genialmente os demónios interiores de Tolstói e Helen Mirren no papel de Sophia está soberba.
Além disso, o filme é um elogio ao amor incondicional entre Tolstói e Sophia que, apesar de todas as tempestades que enfrenta, sendo a maior o choque de ideais não partilhados, é o único que mesmo, sem sentido racional e lógica, só se vê derrotado pela morte.
Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo.— Liev Tolstói
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.