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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Hoje a ler toda a excitação dos novos inovs (os C16) relativa à sua vinda para a China não pude deixar de sentir um grande distanciamento desse momento, parece que esses 6 meses que passei aqui aconteceram há dois mil anos atrás. E pergunto-me hoje aqui na minha vida de estudante se faria o caminho inverso para voltar a ter tudo aquilo de novo? com aquilo refiro-me ao bom salário, às festas, aos excessos, à vida de bon vivant, à cidade, às pessoas, às nights, à suposta liberdade, ao ócio. Hoje sei que não faria o sentido inverso, até porque hoje sei que escolhi o caminho certo, agora entendo o porquê de a minha vida me ter trazido aqui, um dia quando estiver a olhar para a big picture, aí ainda fará mais sentido do que hoje. Não trocaria a minha vida de hoje por aquela ilusão daqueles 6 meses até porque um dia a gente acorda, e vê que a vida não é só festa, não é só o encanto pelo novo, não é só querer gastar todos os cartuchos duma só vez, é antes saber saborear a experiência, a maturidade e a sabedoria que a vida nos concede e, partindo deles, saber que futuro queremos perfilhar para nós.
Mas compreendo a excitação, está claro, compreendo mas já não me revejo minimamente nela, e ainda bem, é sinal que avancei com a minha vida no sentido certo.
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