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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Não há nada que nos desiluda tanto como as pessoas, que até que podemos desiludir-nos com o tempo, com os programas de televisão, com a comida, com a sorte, com o trabalho, com N coisas, mas isso tudo faz parte e vá sabemos que não podemos contar muito com as coisas físicas (objectos e afins) que um dia falham, tá claro. Agora as pessoas é uma tristeza, ou então sou eu. Talvez qualquer dia suceda em mim que uma desilusão com o estado do tempo se assemelhe a uma desilusão com uma pessoa a quem quero bem.
Digo isto porque acho que tenho vindo a somar desilusões atrás de desilusões com as pessoas a quem só quero bem e que gostava que não faltassem à palavra e mantivessem contacto porque lá está, a distância física é uma coisa chata mas a distância psicológica é bem pior.
Será que sou só eu. Eu não deixo de gostar e de me preocupar com as pessoas porque elas não estão à minha beira, ou porque a minha vida é ocupada, ou porque normalmente essa pessoa não mais fará parte da minha vida numa base diária. A amizade é bem maior que isso, é capaz de mover mundos, de encurtar todas as distâncias e reduzi-las a nada. O que não fará o verdadeiro amor, mas nem vou por aí.
Juro que não percebo como é que se passa uma borracha na lista de relações de amizade anteriores, substituindo-as com as amizades actuais, aliás bons amigos nunca são demais, até porque amigos a sério contam-se pelas dedos das mãos. Conhecidos é ao pontapé, mas esses não me dizem muito, fico-me pelo olá, tudo bem? agora como se explica que não se respondam a emails de amigos, como se explica o corte total de contacto.
Devo ser eu que ando ao contrário do mundo. É uma pena, é coisa para me deixar triste, e a suspirar pelos cantos. As pessoas são mesmo uma bela duma desilusão e o melhor é aprender a viver com isso com mais ligeireza que o actual estado das coisas.
Hoje prometi como prometo sempre aos meus amigos que nutro e amo, "não eu nunca vou deixar de te responder aos emails, aos telefonemas, aos postais", é que honrar como sempre honrei a minha palavra de amiga, é só uma das coisas mais importantes do mundo para mim. Amizade e amor primeiro, o resto são feijões.
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