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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Faltam exactamente dois meses para as férias de Inverno, dois meses para acabar o primeiro semestre, e parece-me uma eternidade. Digamos que vamos a meio do semestre e eu já começo a sentir os primeiros sinais de cansaço e de saturação. Talvez seja só uma fase, e que, quando passar esta época de exames e de receber notas e tudo o mais, que maça e que perturba, porque sinto que fico sempre aquém das expectativas, talvez então aí volte a sentir-me com mais energia.
Mas no final, não é só cansaço, é também saudades de casa, saudades de Portugal, saudades dos amigos, da família, saudades dos meus, do sitio a que pertenço, da comida que gosto, do tempo que adoro, das pessoas com quem gosto de estar, dos sitios que me fazem verdadeiramente sentir feliz e que me dão a sensação de pertença.
Faltam dois meses para as férias, que serão de um mês, e eu não faço ideia com o que vou fazer com esses 30 dias de férias, trabalhar é uma das hipóteses, viajar um pouco por aqui e por ali é outra, mas o que verdadeiramente acho que me faria bem era ir a casa, mas essa questão por agora não se põe. É uma viagem que me custa horrores fazer, odeio mesmo, é penoso, amaldiçoo esta distância que não dá para encurtar nem por nada, e prefiro pensar que vai passar rápido. Além de ser uma viagem que normalmente entre escalas, check-in e check-out, esperas intermináveis, etcs acaba por demorar sempre mais de 20 e tal horas é, além disso, uma viagem que fica cara; e a bem dizer, 700 euros, na melhor das hipóteses, para ir 2 ou 3 semanas a casa parece-me um preço um pouco alto demais principalmente quando se é estudante e não se pensa recorrer à familia para pagar a conta. Fora de questão.
Bom, se eu já não me conhecesse, diria mesmo que me deixei atacar pelo stress da última semana de exames, e de uma maldita inércia que não me deixa em paz nem por nada. A passar esta fase vou certamente reencontrar a vontade e energia que me tem faltado ultimamente.
Estar homesick faz parte quando se está alheado de tudo e de tudo o que nos faz sentir em casa, que nos faz sentir dentro da nossa zona de conforto, agora resta é saber se eu aguento um ano na China sem quebrar. Da experiência passada, os 6 meses em Shanghai não posso dizer que tenham sido um mar de rosas, mas, nessa altura, não era tão forte como agora, ou pelo menos, estou a contar que seja mesmo. A ver...só o tempo o dirá.
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