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incredulidade

por mandarina, em 19.03.12

Fiquei incrédula por saber que a Rihanna (para quem não sabe é uma cantora pop do panorama musical actual) colaborou recentemente com o ex-namorado Chris Brown no seu novo álbum. E o porquê disto me deixar boquiaberta, pelo simples facto de, no passado, este cavalheiro, lhe ter dado uma valente sova que quase a matava tendo ela inclusive ido parar ao hospital, e acabado por alegar que ele a tentou matar. Coisa pouca portanto. Agora vem ela explicar-se a propósito desta colaboração que alega ser só música, e ser inocente. E que é resultado da boa convivência entre eles.

Nem é a questão de perdoar ou não que está em questão, esta atitude desta rapariga desequilibrada, que é o que ela só pode ser, deita por terra o que milhares de mulheres no mundo todo anseiam. Direitos humanos, respeito e igualdade de direitos, e principalmente, não à violência doméstica, física e sexual. Esta coloboração, é um ultraje à condição feminina. E eu quero lá saber da Rihanna, há gostos para tudo, se gosta de homens violentos problema dela. Agora de uma figura pública é um exemplo triste e vergonhoso, porque enquanto milhares de mulheres lutam, diariamente, pela igualdade de direitos em pleno século XXI sujeitas e condicionadas a leis atrozes pela sociedade machista em que vivem, vem-me esta tipa renegar um dos direitos mais primários da mulher ocidental: a sua integridade física.

 

E depois há notícias como esta, de uma jovem rapariga de 16 anos violada e obrigada a casar com o seu agressor. Isto passou-se em Marrocos, mas é só um exemplo do que se pratica consensualmente nos países árabes. Perante esta ordem do Código Penal que iliba o agressor de cumprir pena se este se casar com a vítima, esta menina decidiu suicidar-se. A sua morte fez com que centenas de militantes feministas e ativistas dos direitos humanos exigissem este sábado a suspensão imediata da lei.

 

Não percebo em que mundo vivemos, as que podem e vivem dentro da zona de conforto e que legitimamente usufruem de direitos humanos primários relativos à sua condição feminina não fazem caso deles, enquanto que, do outro lado, mulheres sujeitas a leis absurdas, que defendem o agressor em vez da vítima, lutam por um direito que lhes é negado continuamente enquanto que estes criminosos continuam impunes e até protegidos pela sociedade e estas atrocidades vão custando a vida de mulheres inocentes.

 

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