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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Eu posso não ser a pessoa mais observadora, que não sou, nem a mais perspicaz, tampouco sou, mas se há coisa em que raramente erro é no julgamento que faço das pessoas. À queima roupa, posso até não perceber se a pessoa mente com os dentes todos, se a pessoa é superficial, complexa ou mediana; se é louca ou é banal; se é fria ou um pinga amores; se é super inteligente e interessante ou se é igual a mil e uma outras, e etc. Posso até falhar nestes julgamentos todos, porque não sou das pessoas mais atentas a este tipo de pistas que nos levam a conclusões destas, mas há coisa em que não falho (se é que alguma vez falhei) é perceber se quem está à minha frente é boa pessoa ou não. E isto para mim significa dizer que não é uma pessoa que se põe sempre em primeiro e não tem quaisquer escrúpulos em passar por cima dos outros, que é vil, que é mesquinha, egoísta e egocêntrica, que se faz amigo pela frente e dá facadinhas por trás a torto e a direito, que tem por prazer rebaixar os outros e ofende as pessoas de propósito. E isto não engloba tudo o que para mim faz de uma pessoa uma má pessoa, mas já é discrição que baste.
Nunca me engano, feliz ou infelizmente, e, ainda espero chegar o dia em que alguém me contrarie a tendência. Mas até à data não julgo ter falhado.
Essas pessoas são claras como a água, a maldade está-lhes no olhar, no trejeito da boca, e quase sempre essa maldade materializa-se em palavras.
Já dei com algumas dessas pessoas por aí, sinto sempre um desconforto tão grande, um mal-estar, um não posso contigo por perto, pessoas de maneiras grosseiras mas que aparentam muito boa educação, com palavreado disfarçado mas ainda assim vil. E, depois, se há gente que duvida e que não sabe separar o trigo do joio, talvez por ingenuidade ou bondade, há outros, tal como eu, que sabem e sentem essa maldade no primeiro impacto, e felizmente essas pessoas estão aí para me reafirmar que não são os meus olhos que inventam coisas e que, realmente, há gente que não presta e, isso, meus amigos, para quem o sabe farejar, não há como disfarçar, que a maldade é como uma doença crónica, não há como se safar dela.
Felizmente, também sei identificar quem é boa pessoa, ou melhor sentir com o coração, logo nas primeiras impressões e, também neste aspecto, raramente me engano. Afinal, é como diz o Principezinho, "Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos".
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