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Magnetismo

por mandarina, em 25.10.13

A sensação de encontrar alguém que simultaneamente conhecemos tão pouco e de quem aparentemente gostamos tanto é, talvez pela sua efemeridade, uma das mais bonitas que já senti.

Lido aqui

 

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Solitudine*

por mandarina, em 24.10.13

Bom depois de ter lido esta notícia do DN pessoas, fiquei muito mais descansada agora que sei que uma das Top Models mais lindas do mundo, a Bar Refaeli, se queixa que está solteira e que não sabe porquê. Vai-se a ver e temos o mesmo problema not really. Eu estou a brincar mas a rapariga deve sofrer mesmo, com todos aqueles atributos (físicos) que possuí e depois coitada sozinha porque os homens têm, como ela diz, medo dela. Os homens tão uns maricas, é o que é, maricas e, quiçá, medricas também. Têm medo que as mulheres os ofusquem ou quê!?

 

A similitude das nossas situações acaba precisamente na expressão "continua solteira" porque eu, ao contrário da pobre rapariga que não sabe o porquê da sua condição, sei perfeitamente porquê.

Mas este senhor explica isso muito melhor que eu:

 

 

 roubado daqui

 

 

 

* Porque a palavra em italiano soa muito melhor que em português, mais leve e quase como que mágica.

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A ninguém

por mandarina, em 21.10.13

Que doçura de canção (e interpretação), oh...

 

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Desfocado

por mandarina, em 19.10.13

Violência doméstica. É um assunto muito sério neste país e não só. Enquanto mulher sinto-me na obrigação de alertar para a situação que muitas vezes se passam mesmo nas nossas barbas e muitas vezes preferimos ignorar, porque pensamos, eles são um casal, logo não é certamente um problema meu. Já dizia o provérbio, "entre marido e mulher não se mete a colher", mas não nesta situação. Eu creio que quem não consegue pôr-se na pele de uma mulher que está submetida, voluntaria (e sim também acontece) ou involuntariamente à violência doméstica não é suficientemente corajoso para denunciar estes casos antes que seja tarde demais.

 

No outro dia, quando estava a fazer o meu jantar, ouvi uns gritos bem altos de alguém, pensei que seria alguma excitação da habitual que viria de um grupo de amigas mais excitadas e eufóricas dos prédios circundantes. Mas o barulho não parava, e os gritos eram notoriamente não de excitação e sim de dor. A curiosidade levou-me a tentar, chegando-me junto da janela, perceber o que raio se passava. E bom, longe suficiente para perceber quem eram as personagens de tão acesa discussão, foi o suficiente para perceber que se tratava de um caso de violência doméstica. E não, não era sequer preciso ver o horror em si, porque por palavras ou apelos dela dava perfeitamente para perceber, que ele, o agressor, lhe assentava bem a mão ou o punho, enquanto ela gritava a plenos pulmões "pára, por favor pára" e muitos "não, não, não, mais não". Senti de imediato um nó na garganta.

 

Os vizinhos do prédio ao lado dos deles, tão estupefactos e assustados ao mesmo tempo, vinham constantemente à janela e assistiam, de muito mais perto que eu, ao que se passava. Eu não vi nada, admito, assumi que se passava uma cena de pancadaria, em que ela suplicava e tentava justificar qualquer coisa, e ele lhe batia continuamente. Sem apelo. E ninguém fazia mais do que assistir impassivelmente. Ninguém chamou a polícia, os vizinhos do prédio ao lado, lá acabaram por perder a curiosidade e fecharam a janela e foram embora, a cena lá acalmou, os gritos extinguiram-se e acredito que os ânimos do agressor e vitima também, ela imagino foi, para o seu canto, lamber as feridas e ele, talvez tenha tido um acesso de remorso ou lá foi à sua vida indiferente à dor física provocada.

 

Não está em questão o agressor ser homem e a mulher a vítima, por norma é assim, mas também sucede o contrário. Está em causa a violência, o mais forte contra o mais fraco. O que levanta a mão e aplica o castigo. E quem sofre a pancada e aguenta calada, a medo, com vergonha de ser julgada, com medo de "pra próxima ser bem pior", a dependência em que vive, a insegurança que sente, o pavor da exclusão social, como se fosse a vitima fosse a principal culpada pelo acontecido. E acredito que muitas sejam mesmo, porque é mentira que uma mulher não tenha escolha quando vê no parceiro os primeiros indícios de violência, e que são visíveis na primeira reacção mais exaltada, confirmada ao primeiro empurrão, no primeiro estalo, e que, muitas preferem encarar como uma descarga de adrenalina do parceiro que "jamais se irá repetir". Também as há, as que pensam mesmo que têm a culpa, que se julgam as provocadoras do descontrolo da situação.

 

Nestes casos de violência doméstica pública tudo está errado, os vizinhos que assumem que não é nada com eles. Custa-me perceber que se possa ignorar a situação e ir dormir descansadinho, quando muito provavelmente conhecem a vitima e seu agressor. Virar costas é sempre mais fácil. Amanhã será um dia melhor. Eu tenho a certeza que não, quem ameaça um dia, quem cumpre a ameaça uma vez vai voltar a fazê-lo vezes sem conta. Porque não é a vitima que o vai parar. A não ser que um deles seja parado. Ou tratado psicologicamente. Porque na verdade estas duas pessoas estão doentes e o mal está em não procurarem ajuda.

A certeza que tenho é, acredito que seja difícil sair duma situação destas, do papel de vitima, ninguém gosta de passar pelo fraco e oprimido, o que tem medo e procura asilo, é talvez como lutar sozinha numa guerra, é ter de passar vergonha e admitir que quem escolhemos para parceiro foi um grande erro, é virar a mesa e assumir o jogo, o que para a maioria de mulheres mais fracas é ficar à deriva num oceano cheio de perigos. Sendo o maior deles elas próprias com a falta de auto-estima, a falta de confiança, a falta de amor próprio e uma tremenda dependência.

 

E é aqui que eu acho que é necessário ter uma palavra a dizer, eu nunca estive e espero nunca vir a estar numa situação semelhante, mas compreendo que muito provavelmente no fundo da questão esteja um grande medo em ficar sozinha contra o mundo, solteira, divorciada, assumir o papel de vitima, e que pior que isso lutar contra o amor que essas vitimas, inconscientemente, sentem pelo agressor, porque gostar dos agressores, amá-los, até ao momento que esse amor não virar ódio, é a principal guerra que as vitimas tem de enfrentar, ainda que seja uma forma de amor muito distorcida. E aqui sublinho, amor que encurrala, amor que ameaça, amor que magoa física ou psicologicamente, que deixa marcas grosseiras na carne, que exige isolamento, do mundo, dos amigos, amigas, etc.... e que se serve da desculpa 'ciúmes' por tudo e por nada, não é amor. Ou antes, é, um amor doente e doentio que pode ter um final muito trágico. É um amor totalmente desfocado e disforme.

 

Por todas as vitimas da violência doméstica fica aqui um apelo, não tenham medo da solidão, maior solidão é aquela que o agressor, que diz que só vos quer para ele por vos amar demais, vos quer fazer viver.

E custa-me dizer mas os vizinhos, esses, não vão ajudar muito, mesmo que denunciem o caso, porque na verdade a única pessoa que pode ajudar uma mulher vitima de agressão é ela própria. Dizendo NÃO.

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2 anos, Mandarina

por mandarina, em 18.10.13

Só me ocorre escrever parvoíces e como acho mal dizer parvoíces ou lamechices no post comemorativo, ficam aqui registadas 3 desabafos de ontem ao almoço/jantar dado pelas minhas colegas de casa chinesas e os amigos delas.

 

Falava-se de, olhem, parvoíces, ao que um diz, um rapaz "ontem beijei um homem". Perante a minha cara de "não se nota nada" diz ele todo sorridente "Eu gosto de rapazes" e ri-se muito. É assim mesmo, aquela naturalidade só lhe fica é bem. Ainda sobre o mesmo tema. Vira-se uma das minhas colegas de casa, a mais saida da casca, diz toda segura de si " ah eu não gosto de rapazes, eu gosto de HOMENS" ...

Hahahahaha que a formiga já tem catarro.

 

2 anossssssssssssssssssssssss, não pensava que a Mandarina chegaria através de tanta parvoíce escrita a esta idade, qualquer dia é uma adolescente e depois o que é que faço dela.

 

 

Um grande "xièxiè" a todos.

 

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Insuportável

por mandarina, em 17.10.13

Também tenho disto, tornar-me muito depressa impossível de aturar. O que, por sua vez, me torna uma pessoa verdadeiramente insuportável. Não sei bem explicar. No outro dia fiquei mesmo chateada com algumas pessoas, não o disse, nem vou dizer, fiquei e pronto, reprimi para mim, já se sabe que a repressão não é remédio para nada, e eu rara vez reprimo o que sinto. Mas fiquei, fiquei triste, fiquei magoada, fiquei a sentir-me um lixo, mas quase instantaneamente dei comigo a pensar que exijo demais das pessoas, ou não fosse eu entregar-me, ou julgar que me entrego, por completo nas minhas amizades e não só. Dar demais não é bom, porque é muito fácil sair-se prejudicada da situação. Lá está o tal do ponto de equilíbrio. Quem tudo dá tudo perde, mais tarde ou mais cedo. Darmo-nos sem receber nada ou muito pouco em troca é um erro de todo o tamanho.

 

Mas os mal entendidos acontecem, e também por isso, por achar que a pessoa que estava um pouco errada na equação era eu, resfriei os ânimos, tentei não extravasar a raiva, agarrei nela e direccionei-a para mim, energia negativa transformada em energia desportiva. Funcionou, senti-me logo melhor. Não completamente que eu sou um bicho difícil, mas todos temos dias maus, semanas más, só não podemos deixar que uma má semana, vire num mau mês, e por conseguinte, deixemos que um mau humor passageiro nos transforme numa pessoa amargurada e ácida para a vida.

 

E sim, a vida só nos sorri quando aceitamos os dois lados da moeda: não há felicidade sem um ponta de tristeza, não há bem sem o mal. Os dias maus, aqueles em que nos temos de aturar com a neura e não gostamos fazem parte de quem somos. O mais difícil não é passar por um momento mau, é antes aguentá-lo de cabeça erguida e tirar dele uma lição.

 

Passou, aprendi e segui em frente. Jamais me perdoaria deixar-me consumir pelo sentimento que mais desprezo num ser humano, a amargura. E, em muitos casos, um desejo de vingança próprio de pessoas que não sabem amar os outros com os seus erros e imperfeições. E que, acima de tudo, não se sabem amar a si próprias. Porque para amar é preciso saber, primeiramente, aceitar(-se).

 

 

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Aguenta coração

por mandarina, em 16.10.13

Voltei à piscina, e não podia ter feito melhor opção. Depois de uma hora a bom ritmo saio de lá cansada, mas sobretudo leve. É como se de um momento para o outro me tirassem um peso descomunal de cima dos ombros. É tão revigorante, e tem corrido bem. Primeira vez consegui fazer 1,5Km numa hora, hoje já consegui 1,75Km, à terceira a ver se chego aos 2Km, o equivalente a 40 piscinas e muitas braçadas e pernadas pelo meio.

 

E pensar que eu ainda ponderei um ginásio, bendita hora que não fui por aí. Ao contrário do ginásio, na natação livre, estou eu a nadar livre leve e solta com os meus pensamentos pelo meio, a tentar ser coordenada (coisa muito difícil para mim) e, estou, principalmente a desfrutar de uma modalidade, quase que arrisco a dizer a única, que me dá verdadeiramente prazer praticar. Além disso é só o desporto mais completo de todos, e no qual não suamos, ou antes, suamos e não sentimos esse desconforto, e no qual, mal entramos no ritmo não se consegue parar de nadar piscina atrás de piscina e, admito mesmo dizer, sem esforço, dor ou dificuldade.

 

É tão bom, não ter nada que te distraía, distraio-me com os meus pensamentos, e, às vezes, tenho dúvidas a quantas ando. Mas não há barulho, não há suor, não há quase roupa, de tão colada que ela está à pele, e estás tu, ali, fresca, numa piscina com água amena a sentires-te dona da tua pista (isto em Portugal, na China era só um inferno fosse à hora que fosse, nas públicas vá) e a desfrutar da água, mesmo quando lá fora chove, a desfrutar do teu corpo, a puxar pelo teu coração (aguenta mandrião) e, no final, por mais cansada que possas estar por momentos, sai-se de lá leve como uma pena, com a sensação que, ao andar, deslizamos.

 

É a maravilha da maravilha, e eu estou de volta a ela, agora o difícil vai ser tirar-me da piscina. Que mega saudades que eu tinha de uma bela piscina.

 

 

p.s.: e ajudar-me-à a acabar com as malditas dores de costas melhorando a postura...bem preciso!

 

weeeeeeeeeeeeee

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Mandarina com os azeites

por mandarina, em 10.10.13

Não aceito pagar um serviço e ser mal servida, onde quer que seja, e acho de uma petulância extrema ouvir não atrás de não, quando muito facilmente se podem resolver as coisas a bem e rápido. Como a mim não me perdoam quando erro, quando faço o meu trabalho mal e porcamente, eu também não admito que ninguém o faça comigo e espere que eu aceite calada. Odeio incompetência, e admito que devemos ser castigados quando somos incompetentes, que erramos de vez em quando, tudo bem, agora que não aprendamos com o erro, isso é que não pode ser.

 

Enfim, uma pessoa tem de se chatear neste país, à semelhança do que acontecia na China, até que os outros percebam que não está bem nem vai ficar até que resolvam as situações. E é uma chatice, uma perda de tempo e energia quando muito simplesmente se os profissionais desempenhassem bem o seu papel nada disso ocorreria. Será que é por preguiça? Ou mesmo falta de atenção ao cliente?

 

Enfim, coisas que eu não desculpo é que entidades com tanto lucro pensam que com um cliente chateado não perdem nada, pior é que se esquecem que um cliente pode influenciar milhares deles. E, quiça depois, seja ver o lucro dar em prejuízo, é que isto das redes sociais é uma grande ferramenta à mão de qualquer cliente descontente, constato agora que o poder do cliente se queixar nas barbas do mundo é uma grande vantagem quando nada mais resulta. É verdadeiramente uma pena que só com a denúncia pública eles acordem para a vida e se mexam. Mas é o meu conselho do dia: se tiverem chatices com qualquer serviço ou compra é denunciar directo nas respectivas páginas do facebook. E esperar 2 segundos para que se mexam. Senão for o suficiente é repetir a dose até surtir efeito.

 

Experimentem ;-)

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nevoeiro

por mandarina, em 09.10.13

Gostava de ter o dom da palavra, nem que fosse da palavra escrita e não tenho. Uma pena, mais uma das minhas limitações a aceitar.

 

Gostava de aceitar mais pacificamente que a vida nem sempre é aquilo que queremos. Que os amigos nem sempre são tudo o que queremos que eles sejam. Que a vida é uma imperfeição perfeita, que se acentuam as duvidas como se acentua a idade e as rugas que começam a querer aparecer. Gostava de gostar de poesia desalmadamente e de arte quase tanto como gosto de música e literatura, talvez a idade dê o seu contributo. Mas acho que normalmente, comigo funciona assim, ou se gosta ou se despreza quase por completo. Assim como eu gosto das pessoas, quando gosto de alguém gosto completamente, apaixonadamente, até quase que gosto dos seus defeitos. Gosto e pronto. E é aí que me magoo. E fica a pergunta, sempre haverei de gostar das pessoas assim desta maneira tão desgarrada? Até nisto gostava de ser diferente.

 

E será que a idade também adensa os pressentimentos?

 

Gostava de ser menos emocional e mais racional. No todo, menos sentimentalista. Oh se gostava. A maturidade emocional surge no momento que nos aceitamos tal como somos, é o que dizem. E será que quando aceitarmos como somos seremos mais felizes? Certamente que sim, dirão também. Não se pode então apressar o processo?

 

E será que a forma como os outros nos vêem condiciona a maneira como nos vemos a nós próprios, porque provado está, a meu ver claro está, que aquilo que somos diverge muito da forma como os outros nos vêem.

 

Ando numa fase muito introspectiva e isso não é necessariamente bom. Seria se já tivesse na fase “maturidade emocional”, não estando confesso-vos que fase mais odiada não há. Mas como tudo na vida, principalmente no que toca a momentos de sufoco, no final sai sempre uma lição, uma revelação, uma luz ao fundo do túnel, o pior é sempre o processo percorrido que depois, por norma, é uma bênção dos céus.

 

Caramba, aquela idade dourada da inocência despreocupada não volta pois não!?

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