Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


Kǎlā OK

por mandarina, em 31.05.13

Sexta-feira mais que calma por este escritório, alias de tão calmo que tou quase a adormecer de tédio. Não gosto quando não há nada para fazer, e também não gosto que haja demasiado para fazer, equilíbrio meus senhores, nunca devem ter ouvido falar suponho.

Mas bom parece que logo a noite há jantarada com a maltinha do fim de semana passado e depois, ui loucura, iremos ao karaoke, devo andar mesmo mal da cabeça para me meter numa noite de karaoke, mas bom tenho fé que a noite seja tão ou mais divertida que as noites do fim de semana passado. Foram inesperadamente super divertidas, sair com pessoas que não se conhecem de lado nenhum surpreendeu-me pela positiva, devíamos ser o grupo mais divertido e louco das imediações, com espanhóis, chineses, colombianos, mexicanos, americanos e ate um iraquiano e claro uma tuga (moi) ...já não me divertia tanto assim há muito tempo. A ver hoje. Se bem que o Kǎlā OK não me convence lá muito. Mas há que dar a mão a palmatória e os pobres ouvidos...

 

E o sono que para aqui vai, ai, culpa de quem inventou a nova modalidade, beber e tagarelar via skype, e que bela modalidade sim senhora haverá melhor para as noites da semana? Aposto que nao, esta modinha veio para ficar, quer-me parecer, não Su. ? :)

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

Tags:

the starting line

por mandarina, em 29.05.13

Ultimamente tenho déjàs vues com tudo e com nada, com sítios, com pessoas, no outro dia conheci uma chinesa que me fez tanto lembrar uma amiga maluquinha mas que adoro que fiquei mesmo a pensar se não seria a sua sósia chinesa, mesmo na personalidade e tudo. Adorável, mas um pouco scary, que imaginar-me a ter uma sósia chinesa dá-me verdadeiros arrepios. Bom em 1.3 bilhões de chineses é possível, espero contudo não a conhecer.

 

E depois tenho déjà vues com sítios e episódios que nunca vivi e que me parecem tão familiares. E com filmes, e séries. Tanto que tive de ir confirmar se a série que ando a seguir já não a tinha visto, tanto que me parecia já ter visto mas afinal não.

 

Pode ser um indicio de loucura, posso estar a ficar louca, aliás ao fim de dois anos e meio neste país não era coisa que me admirasse muito. Agora todos os dias de manhã juro que vejo estampada na expressão dos chineses esta pergunta, "o que ela está a fazer aqui?", do género a dizerem para si próprios que raio veio esta gaja fazer para a China quando já há aqui tanta gente e mais aguentar esse facto, a sobrepopulação, a sobrepoluição, a sobre asfixia chinesa. Juro que penso nisto todos os dias de manhã no metro, mesmo sem sequer.

 

Anda uma grande nuvem a pairar sobre a minha cabeça, se calhar trabalhar num universo tão chinês não seja bom para a minha sanidade mental. Mas bom vou espiando os males com séries que não me deixam esquecer que o ser humano é tudo menos equilibrado, mesmo que seja só uma série, para mim perante a minha realidade dos últimos dois anos só consigo pensar que aquilo é a realidade ainda que não a seja, não tamos todos perdidos, talvez seja só eu a pensar e sentir que sim. É a podridão, o buraco negro por onde resvala as nossas vidas, com picos muito esporádicos de verdadeiro êxtase ébrio. Na série, claro, que a minha vida é muito menos interessante ou podre.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Direitos Vs hiprocrisias

por mandarina, em 27.05.13

A propósito de tanta coisa que já li sobre o assunto e que prometi a mim mesma não ler mais porque não vale a pena discutir o assunto. É simples. Acesso ao amor é um direito vital (ou deveria ser tomado como tal) para qualquer criança que naturalmente não o tenha.

Não se trata de ter a razão do lado ou não, cada um tem a sua própria razão, o que se trata é de impedir o acesso ao sentimento do qual estas crianças não deveriam ser restringidas: amor de pais.

O que eu sinto e vejo é uma tremenda hipocrisia na sociedade em que vivemos porque sinceramente o comum dos mortais, aquele que não adota, nunca adotou nem pensa adotar está-se bem marimbando para as crianças que estão à espera para ser adotadas, o que estas pessoas querem é defender algo, talvez a moral, a tradição, os bons costumes, agora a defesa do bem-estar destas crianças é que não é, porque o que para mim é contranatura não é estas crianças poderem vir a ser adotadas por dois pais ou duas mães, contranatura é elas não serem adotadas de todo. Ter acesso a uma família, mais do que isso, ter acesso ao amor dos pais é um direito e quando a tantos se vê negada a oportunidade (senão mesmo o direito) de serem amadas um dia, seja lá por quem for, um pai e uma mãe, dois pais, duas mães é o maior erro do mundo e uma mesquinhez de todo o tamanho. Crescer sem amor de pais deve ser igual a cortar as asas a um passarinho que acaba de nascer.

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por mandarina, em 22.05.13

Queria que me apetecesse escrever mais e não apetece, em compensação tem-me apetecido ler e ontem acabei de ler "amor nos tempos de cólera" de Gabriel Garcia Marquez, e ler este livro deu-me um prazer que já há muito tempo não sentia. Da vontade de o voltar a ler e desejar que ele nunca mais se acabe. E eu ate sei que li, o que muitos consideram a obra-prima de Garcia Marquez, "cem anos de solidão" mas sempre que tento lembrar-me do livro ou da história em si não me ocorre absolutamente nada. Mas também sei que ate pode ser um grande livro, e eu ter achado isso, mas eu sofro de uma espécie de amnésia passados uns bons tempos de ler, ver, ouvir algo e só me dou conta de que já li ou vi algo quando o faço pela segunda vez, pelo que daqui a uns anos vou voltar a ler este livro, que adorei verdadeiramente, e vou conseguir lê-lo com o mesmo prazer (ou quase) tal como da primeira vez.

 

Mas isto tudo para dizer que acho que Gabriel Garcia Marquez neste "Amor nos tempos de colera", cujo titulo imaginaria outro, escreveu genialmente e não consigo imaginar, depois deste livro, uma escrita mais bonita que a dele. Apaixonei-me por tudo, o enredo, as personagens, o envolvimento, o sentimento, a expressão. Receio voltar a ler outra obra dele e não encontrar o mesmo amor, a mesma forca, a mesma invencibilidade.

Autoria e outros dados (tags, etc)

verdade, verdadinha

por mandarina, em 20.05.13

"If you are bored with your life you are obviously doing something wrong"

I am, I am...

Autoria e outros dados (tags, etc)

Brincamos não?

por mandarina, em 13.05.13

Teve mesmo muita piada o meu boss quando me telefona lá pelas 8h da noite para falar de trabalho, eles criam o problema, eu que resolva ainda que isso signifique passar por cima das normas/regras, coisa que eles queriam que fosse possível, e a meu ver não é, não espanta são chineses. Falo no plural porque já é dose ter um chefe, agora quando são dois, ui melhor ainda. Então primeiro mensagens de um depois das 7h, depois telefonema do outro quase às 8h para me perguntar "ainda estás no escritório?" e eu só não escancarei a rir porque já sei o que a casa gasta.

 

Eles assumem que os subordinados têm de tar a toda a hora disponível que nem cãezinhos de guarda à espera que o dono os chame. Mas teve piada, ou nem tanto, eu até sei que eles me pagam bem, mas não o suficiente para passadas 3 horas do meu horário de saída esperarem que estivesse no escritório, quase mais valia mudar-me para lá então, ficava-me mais barato e conveniente.

 

É que já não basta sair sempre a horas indecentes, muitas vezes às 8 da noite ou mais, e nem por isso me queixar, se tem de ser tem de ser, agora fazer disso vida é que não me parece.

E já não falando que eu trabalho em casa muitas vezes, seguindo as horas de Portugal. Qualquer dia ainda me pedem para fazer os dois horários completos, os da China e os de Portugal, pra não perder pitada...

 

E hoje a minha colega também teve piada, diz-me primeiro "amanhã precisava que recebesses uma papelada entre as 9h e as 10h" , e eu confirmei disponibilidade para isso, daí a pouco, diz que já não é preciso e com um sorrisinho sinistro nos lábios diz "assim não tens de vir tão cedo, não tens de chegar às 9h" e eu só não me parti a rir para não ser chato. A gaja deve pensar que eu não tenho mais nada que fazer do que viver pro escritório, já me chega bem as horas extras, as muitas horas extras que faço, ainda queria ela que eu chegasse todos os dias às 9h, como se calhar ela faz. Mal o dela que é tonta, que o tempo da escravidão já acabou faz muito. E eu não sou nem pretendo vir a dar de chinesa...

 

Isto não é uma queixa, é mais um desabafo com algum escárnio pelo meio. Agradeço ter a sorte de ter trabalho que nos dias que correm a coisa não tá famosa, agora a forma como cada parte encara o trabalho é realmente algo que dá panos para mangas.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

Vale a pena ler

por mandarina, em 08.05.13

Estes dois artigos,

 

o primeiro que nos conta a história desta senhora Alice, matar é e sempre será um crime, mas que não pode ser julgado da mesma maneira quando o assassíno é afinal a vítima durante 38 anos de martírio. O artigo está tão bem escrito que lê-lo é um exercício emocionante.

 

o segundo porque achei pertinente pela sátira e verdades que encerra mas especialmente porque toca num ponto fulcral de qualquer sociedade, a defesa da igualdade. O comentário "campanha "adopte um funcionário público" está demais.

 

 

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

E o dia

por mandarina, em 08.05.13

Já vai longo...aliás a semana vai para lá de longa.

 

Mas hoje tendo começado o dia a assistir a uma cena de pancaria (lastimável bestialidade humana) devido a uma cena de empurrões na entrada para uma das carruagens no metro, que acabou ao murro e pontapés e sabe-se lá mais o quê. Ainda bem que não vi mais, bem me chegou o que vi. Provavelmente o que mais me impressiona é isso mesmo, violência, odeio assistir a este tipo de cenas.

 

Depois ter de aturar o boss, o mais empertigado dos dois, o big boss vá, que é tão chique e etc e depois à hora de almoço na cantina, convidou-me para almoçar com ele na cantina, que luxo (lol), e já não bastava isso, ainda me pergunta, antes mesmo de ter dito que está a tentar ser vegetariano, se o meu prato, que tinha carne era bom, eu respondi que sim, e lá vem ele, pauzinhos na direcção do meu tabuleiro "roubar" sem sequer pedir comida da minha taça, lá se foi o vegetarianismo. Eu nem sabia se haveria de rir. Ah comer com este senhor é sempre uma aventura.

 

Este dia promete...

Autoria e outros dados (tags, etc)

...

por mandarina, em 07.05.13

Venho dizer que vou fazer uma pausa no blog, ou melhor que já ando, aliás como se nota, a dar uma pausa ao blogue, à escrita, e um pouco a tudo o mais que é comunicação.

Se calhar por passar mais tempo no escritório que na minha própria vida, além trabalho, a verdade é que obrigar-me a escrever não é um gosto, e como eu raramente faço coisas a contragosto...

 

Verdade seja dita podia resumir o meu dia-a-dia numa palavra: trabalho. Logo e porque não quero aborrecer ninguém (os meus 3 leitores) vou poupá-los a posts desinteressantes.

 

E dizer que um dia acusaram-me de ser "totalmente dependente dos outros" e talvez com razão, hoje passados 2 anos de China acho-me orgulhosamente independente, forte, mas bem longe de invencível. Antes pelo contrário. Seria tão bom se fossemos nós a ditar as regras da nossa vida, enquanto na minha vida, o acaso é que as vai ditando e eu vou aceitando, torcendo o nariz, mas aceitando.

Autoria e outros dados (tags, etc)


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.


Arquivo

  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2014
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2013
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2012
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2011
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D



Favoritos