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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Com tantas férias uma pessoa até se esquece que daqui por duas semanas volta ao batente.
Entre Portugal, França e depois Ásia uma pessoa até fica mareada das ideias.
Digamos que viajar do velho continente para o de olhos em bico é mudar de universo de um dia para o outro, e nem sei dizer se a mudança é necessariamente boa, é diferente lá isso é. Com a força do hábito, uma pessoa habitua-se a estas andanças entre cá e lá.
Mas antes da China, das multidões, poluição, confusão, e agitação constante, vamos lá molhar os pés para me ambientar aos ares asiáticos.
E daqui a 4 meses novo destino, só os astros saberão qual. Do destino saberão os astros, mas quanto à China, sei-o eu e bem, será tempo de dizer: zaijian definitivo.
Não foi fácil mas os bilhetes estão finalmente comprados, e daqui por uns dias lá iremos nós às Filipinas. Uma semaninha, a última de férias, para recarregar as baterias antes do semestre que se avizinha duro e longo.
Para mim será a primeira vez nas Filipinas, e eu só espero sol, nada de trovoadas e chuvas please São Pedro. É que digamos que estou a precisar de um pouco de boa sorte na minha vida e dava jeito que pelo menos o sol estivesse do meu lado.
Paris, agora que já se acabou a parte turística, que foi muito muito boa, é tempo de estar com o sobrinho, o mais petit, que é um anjinho lindo de morrer, apesar de gostar de me puxar os cabelos, tem-se portado maravilhosamente bem. É uma benção poder olhar para um bebé tão lindo como ele. Tia mais completamente babada não há.
E o sol voltou a Paris, e espero que fique até quarta. E já agora que me acompanhe até às Filipinas. Não vejo a hora...
Entende-se que Portugal esteja no fosso que está quando a qualidade dos serviços prestados no maior banco do país, a Caixa Geral de Depósitos, é o exemplo mais fidedigno da incompetência e desmazelo que tomou conta dos funcionários daquela instituição como de tantas outras prestadoras de serviços. Serviço ruim assim nunca vi, é erro atrás de erro, seguido sempre da desculpabilização perante os mesmos, sendo o espelho da irresponsabilidade e atraso de um país que, infelizmente porque é o meu país, e isso me deixa triste, nunca, com profissionais deste género, sairá do ciclo vicioso do caos e ineficácia.
Um banco que, em vez de ser exemplo de eficiência e profissionalismo, é sempre fonte de problemas qualquer que seja o assunto.
Funcionários mal informados, desinteressados, incompetentes e, sobretudo, irresponsáveis, que estão tudo menos concentrados no seu trabalho. Com serviços assim não será de estranhar que não só haverá uma falência de confiança por parte dos clientes como, e numa escala mais abrangente, haverá também uma total e irreparável falência de serviços medíocres como estes prestados por instituições como esta.
Já não bastava ser dia dos Namorados, celebração que me passa (como sempre passou) completamente ao lado, e imagino que em Paris, apelidada cidade mais romântica do mundo hoje deve ser só mel por todo o lado, casais com aqueles olhos de carneiros mal mortos, a transpirar paixão, que muitas vezes já nem existe, mas que hoje tem de renascer por entre as cinzas porque a ocasião assim o dita, e, ainda tinha que estar a chover.
Mas bom na verdade estou bem mais incomodada, não por ser dia dos Valentins deste mundo, mas especialmente por estar um dos dias mais feios desde que cheguei a Paris, logo hoje que estava cheia de pica para ir enfrentar uma fila de sei lá 1 ou 2 horas para entrar no Georges Pompidou e deliciar-me, ao vivo e a cores, com os magníficos quadros de Salvador Dalí. Digamos que fila + espera + chuva não é lá grande combinação.
Mas falemos de coisas boas, ontem fui ao Museu Rodin, e valeu imenso a pena, as esculturas em mármore e bronze do Rodin são bestiais, é de um detalhe incrível, a expressão das caras, os ossinhos das mãos, os músculos da perna, as veias que se vêem claramente, uns cabelos que nascem perfeitos por entre o mármore, bem lindo de morrer.
Hoje, bom, é rezar que amanhã o tempo melhore, dê para ir à Catedral de Notre Dames e subir lá a cima e ter uma vista privilegiada de Paris e depois tentar entrar no Pompidou. Não queria nada perder a exposição de Dalí.
Le penseur - Rodin
Bom pela primeira vez uma outra blogger propõe que eu responda a um questionário. Não me vou cortar ao desafio, vamos lá então, venham de lá as perguntas.
As 11 perguntas que lanço:
1- O que te vai na mente neste momento que respondes a estas perguntas?
Nada em específico, a não ser como irei responder a algumas delas.
2- Qual a loucura “mais louca” que viveste?
Andar de montanha russa daquelas mesmo "hardcore". Nem sei se senti adrenalina se pavor, mas jurei para nunca mais.
3- Homens: loiros/morenos, com bigode/ barba semi (des)feita?
Homens morenos com barba de 3 dias.
4- Um piropo engraçado que tivesses recebido?
Prefiro guardá-lo para mim. Secret.
5- Quais os teus temas preferidos e que procuras na internet?
Música, cinema, literatura e viagens claro. A net é uma fonte de informação.
6- Quais as qualidades que mais admiras num homem e /ou mulher?
Num homem, a generosidade (nada a ver com dinheiro) e a amabilidade. Numa mulher a amizade desinteresseira.
7- Qual foi o dia mais feliz da tua vida?
Juro que não sei, talvez ainda esteja para vir.
8- Gostas de cinema? Nomeia um filme que te tivesse tocado muito.
Adoro. Ui, tantos. Amour foi o último que me tocou muito. Se existir no mundo amor assim quero um igual.
9- Qual o carro dos teus sonhos?
Não ligo absolutamente nada a carros. Um que ande sempre bem e não me dê chatices.
10- Qual é a cor dos teus olhos?
Castanhos cor de amêndoa. Amêndoa a combinar com o nome que tem a mesma origem.
11- Se fosses a Angelina Jolie (que dizem ser uma mulher perfeita) que gostarias de mudar em ti própria?
Isso é algo a que não consigo responder, só estando na pele de outra pessoa saberíamos avaliar. Mas não a creio perfeita, ninguém o é.
Et voilá, respondido.
Vamos lá a votos, palpites, dicas, conselhos, etc... tudo o que ajudar a escolher entre uma semana nas Filipinas ou na Malásia. As fotos foram "roubadas" à net mas espero, uma vez lá, que o cenário seja tal e qual as fotos da net, mas primeiro há que escolher entre uma e outra, e depois sensivelmente daqui por uma semana desfrutar de um destes destinos de férias do sempre magnífico sudeste asiático.
Kota Kinabalu - Malásia
Cebu - Filipinas
Esta cidade não cansa a vista a ninguém, há sempre algo mais para ver, para descobrir, para nos deter o olhar, a atenção, a aguçar curiosidades, é uma cidade tão grandiosa com uma arquitetura tão imponente que nos deixa sempre com a sensação que não foi construída à imagem dos Homens mas antes dos Deuses. Se tivesse de imaginar um Olimpo citadino elegeria Paris para moradia divina. Não será a única digna desse estatuto numa Europa arquictetonicamente tão rica, mas como eu ainda não conheço outras, só posso deixar-me deslumbrar continuadamente pelos seus encantos. E encantos não lhe faltam.
À roda
Um Sena transbordante
Imponência entre as nuvens
Pomba branca voa, voa
Cimento Vs Ferro
Do livro que ando a ler, roubado à estante alheia, agora dei para isso, "roubar" livros que outros já leram. O livro intitula-se Erotismo, escrito por Francesco Alberoni, sendo este livro uma espécie de trabalho sobre este tema visando explicar as várias nuances do mesmo e revelar como o erotismo se processa de maneira diferente num homem e numa mulher.
Deveras interessante ainda que date do ano 1988 e que provavelmente hoje já tivesse sofrido umas quantas alterações em certos capítulos.
Achei que devia partilhar estes dois excertos:
Acerca da exclusividade feminina, o autor cita Simone de Beauvoir que escreveu: "o homem enamorado é autoritário, mas depois de obter aquilo que queria fica satisfeito, enquanto não há limites para a devoção da mulher... Para a mulher a ausência do amado é sempre uma tortura...desde o momento em que poisa os olhos noutra coisa que não seja ele, desilude-a; tudo aquilo que vê, leva-o para longe dela... A sua tirania é insaciável... é a guarda do cárcere. Sente-se sempre em perigo. Não há uma grande distância entre a traição, a ausência e a infidelidade. A partir do momento que se sente mal amada, torna-se ciumenta...irrita-se quando os olhos do amado se voltam por um instante para uma estranha...O ciúme é para a mulher uma louca tortura porque é uma contestação radical do amor..."
Que quadro mais bem conseguido fez Simone de Beauvoir acerca da mulher ciumenta, achei soberbo.
Haveria tantas outras passagens a partilhar mas como o livro tem uma linguagem forte a dica fica dada para quem queira saber mais sobre o universo feminino e masculino, eroticamente falando...
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