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Até já

por mandarina, em 15.08.12

Foi também assim que me despedi quando fui pela primeira vez para a China. Houve quem não soube esperar (e ainda bem), houve quem me apoiou desde o início incondicionalmente, novas pessoas entraram na minha vida para logo saírem, outras vieram para ficar e é assim neste constante vaivém de pessoas e lugares que a minha vida oscila. Há os que ficam para sempre, há os que estão de passagem, há os que valem a pena, há os que não valem, é uma viagem. Sempre será, até ao dia em que o cenário estagnará mais ou menos definitivamente.

 

Por ora, vim para me despedir temporariamente, vou tirar umas mini-férias do blog.

Até já

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Jornalismo positivo

por mandarina, em 15.08.12

O mau feitio da manhã que se seguiu à hora de almoço e tarde, hoje tenho o desconto de "estar" doente, passou-me.

Vi este filme La Fée, e julgo que quem o escreveu estava com uma moca tão grande para ter escrito aquele guião e cenas tresloucadas. Pelo menos tem a capacidade de deixar as pessoas leves, a quem precisar de descomprimir, recomendo.

 

 

Depois seguiu-se o telejornal o que poderia irreversivelmente ter influenciado a minha recém adquirida boa disposição.

Há crise, ponto, já estamos todos fartinhos de saber disso, mas falar nela dia sim dia sim, é meio caminho andado para entrarmos todos em paranóia, mesmo aqueles que ainda não estão. E já agora fazer um jornalismo mais positivo sobre este país para as pessoas que agradeceriam certamente menos politiquice e, especialmente, mais sinais de esperança e alento para olhar em frente, apesar da dita cuja, a crise, que promete não vai zarpar daqui para fora tão depressa.

 

É que todos os dias estes e outros discursos como estes aborrecem

 

E o desemprego atinge valores record

E o desemprego continuará a aumentar

E a política do governo actual é a culpada do estado do país

E a Europa há beira da recessão

E o IVA a aumentar, e o PIB em constante queda

E...e...e... já todos sabemos disto tudo.

E assim só se desmoraliza ainda mais um país que já atingiu há muito a linha vermelha da desmoralização.

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...

por mandarina, em 14.08.12

A julgar pelo calendário, falta para aí uma semana e qualquer coisa para completar um quarto de século e dizem que isso dá direito a neuroses das grandes, não sei elas que venham, como já são minhas habitués não me arrelia nem me amedrontam tais previsões.

 

Para esse dia só desejo uma coisa, esqueçam os presentes (não desfazendo dos que já recebi, obrigadinha), esqueçam as felicitações (passo bem sem elas, aliás felicitações dadas às custas do aviso do facemerdas contam pouco ou nada, é que eu sei quem se lembra da data de cor, e o resto não me enche a barriga nem o ego, esqueçam lá isso, e se fosse possível também fazer com que os meus familiares esquecessem o meu aniversário ficava agradecida que almoços que tem por norma celebrar algo que passo bem sem celebrar também dispensava bem, mas celebro por respeito, não à data, mais a quem faz questão de celebrar, por mim ou comigo, sei lá.

 

Estava cá a imaginar que acabar a noite numa praia qualquer e de preferência já ébria, e já agora também, bem acompanhada, a contemplar às tantas da madrugada o mar agitado e sentir a areia fria nos pés descalços é cenário digno de uma celebração à maneira para o tal quarto de século de vida. Quem sabe? 

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Sinais do tempo

por mandarina, em 14.08.12

Que está negro por sinal, teremos chuva em pleno Agosto? Dizem que é bem precisa, só não para aqueles que gozam férias e para quem as férias passam obrigatoriamente pela praia. 

 

Assim anda também a minha saúde, que a bem dizer não está mal se considerarmos que estou a ouvir tudo pela metade e a pensar que a herança genética me faz padecer das mesmas maleitas que a minha avó, destino bem menos cruel do que ter herdado as maleitas maternas. Sinal positivo, portanto, isso e sofrer destas pequenas maleitas em Portugal, felizmente não tive o azar de ficar doente na China, que não tendo cuidado ainda ia era parar à morgue, se o cenário hospitalar for tão negro como o pintam. Tenho cá para mim que ainda bem que não fiquei a conhecê-lo e espero nunca passar por lá.

 

Mais um sinal que uma nuvem negra nunca vem só, é a saúde do meu pc que está pela hora da morte (literalmente). Ainda estou para descobrir se sou eu que não atino com computadores ou se são as máquinas que não vão à bola comigo. A julgar pelo estado dos pcs que me passam pelas mãos são ambas as coisas, e confesso que se há coisa para a qual não tenho paciência é para manias de computadores. Não os odeio, mas juro que se tivesse nascido numa era em que eles não existissem também não me teria queixado.

 

Mas nem tudo é mau. Ao que parece é desta que vou poder conhecer os meus sobrinhos, e constatar se eles são umas pequenas pestinhas ou uns verdadeiros anjinhos, se herdaram o génio paterno então são uns pequenos "terroristas". Ai a família, não vivemos sem ela, nem com ela, eu pelo menos. Costuma-se dizer isso dos homens não é, pois nessa matéria ainda não opino, felizmente, quer-me parecer.

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Se era

por mandarina, em 13.08.12

Ainda inspirada pelos Jogos Olímpicos que fazem sempre lembrar Grécia e inspirada por Troianos e Espartanos confesso-vos que hoje era um bom dia para partir rumo a uma das ilhas gregas, e ficar lá por uns bons tempos, assim em paz, sossego e solidão. Não me cheira, mas posso sempre continuar a sonhar.

 

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Também já me contentava com um Verão quente, escaldante aqui por estas bandas, não se arranja?

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Na verdade

por mandarina, em 12.08.12

Olhar e julgar a China e os chineses é muito mais difícil do que parece, e tentar compreender esta nação é tarefa ingrata para quem mal consegue compreender a vastidão de culturas, línguas, etnias que caracterizam o país. Tentar compreender os meus próprios sentimentos relativos a este país e sua cultura também não se adivinha tarefa fácil, uma vez que, apesar de ser mais fácil criticar do que enaltecer, também não consigo negar a minha afeição ainda que afectada ou demasiado afectada por um misto de sentimentos positivos e negativos para com a minha vivência neste país. Uma coisa é certa, a permanência de milhares de estrangeiros na China é o factor chave na integração de um estrangeiro, uma vez que, muito dificilmente um estrangeiro conseguiria sobreviver sem os demais estrangeiros, mesmo sendo fluente na língua. Muito dificilmente um estrangeiro sobreviveria na China se lhe retirarem os outros estrangeiros que fazem deste país menos estranho e suportável.

 

Não tendo consciência do que é ser estrangeiro num outro país, sei que, pelo que já experienciei neste ano e meio que vivi na China, que dificilmente nos sentiremos tão estrangeiros noutra terra. Porque se não nos revemos nos valores, cada vez mais centralizados no "eu", na aquisição desenfreada e no deus "dinheiro" dificilmente conseguiremos sentirmos identificação com esta cultura. E enquanto estudante, caramba, teria tanto a dizer, e mal infelizmente, aliás muito mal, mas talvez não esteja nesse direito, uma vez que a não acreditar neste sistema, e quando não acreditamos em algo tão dignificante e importante quanto a educação mais vale então abandoná-la, isto porque a meu ver, a não acreditar num sistema que forma não só mentalidades mas que dita o destino de um país, então dificilmente conseguimos sobreviver nesse sistema corrompido e desiquilibrado.

 

Não tenho por ambição tornar-me chinesa, nem estabelecer-me na China por muitos e muitos anos, não sou hipócrita a esse ponto, é um país que a meu ver está a perder o norte, ainda que pensem que o crescimento económico os salve, a meu ver é esta a perdição deles, no entanto, há algo que ainda me leva a querer dar-me uma segunda oportunidade neste país, e essa é a vertente profissional. E julgo que depois ficamos por aí. ´

 

Viver, estudar e trabalhar na China é uma experiência, é um aprendizado, é uma prova de fogo também, mas capacita-nos, acredito piamente, para que no futuro saibamos lidar com outras experiências não só a nível pessoal, mas principalmente a nível profissional, sejam essas nacionais ou internacionais, e, por isso, é uma aposta e ganho a longo prazo.

 

Para quem quer conhecer a China actual por uma perspectiva acutilante é ler este obrigatório e completo artigo.

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Livros em formato digital

por mandarina, em 10.08.12

Constato com grande satisfação que muita gente vai para a praia muito bem acompanhados com um livrinho. Eu faço o mesmo, e só quando o ruído me desconcentra ou o calor me convida à água é que desprego olhos do meu fiel companheiro, o livro. No outro dia, vi um casal, ele com o clássico livro em papel, e a esposa com um destes tablets onde desfolhava o seu livro digital, e fiquei a pensar para com os meus botões que por mais prático que estes tablets sejam jamais destronarão o prazer de folhear as páginas de papel e de sentir o livro nas mãos. E sim, já li em formato digital um ou dois livros, caso contrário não demonstrava o meu desagrado relativamente a estes gadgets.

Confesso-me antiquada quanto a esta modernice que, de todo, não me conquista e a vocês?

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Mirtilos docinhos

por mandarina, em 10.08.12

Fã confessa da banda irlandesa The Cranberries, é que a voz da vocalista é qualquer coisa de muito bom, (bom já foi melhor) e das letras das suas músicas que normalmente também não desiludem os fãs. Sou capaz de ouvir os seus álbuns sem nunca me fartar, e oiço, volto a ouvir e descubro sempre algo de novo, com poucas bandas sinto isto. Mas porque já lá vão uns aninhos, 12 anos para ser mais concreto, sem que a banda irlandesa lançasse um novo álbum, foi agora em inícios de 2012 que se fez notar o tão esperado regresso. Ainda que, confesso, não ache que o seu novo álbum intitulado Roses seja um excelente, é, de qualquer maneira, um álbum bastante agradável e, quanto a mim, estes mirtilos continuam docinhos e mais que recomendáveis.

 

Espero que não estejam mais 12 anos desaparecidos e que continuem a fazer música desta, ou melhor se não for pedir demasiado.

Não é single mas é, de longe, a minha favorita.

 

 

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Estórias da minha praia

por mandarina, em 10.08.12

Na minha praia, que não é minha, mas gosto de dizer que é a minha praia, porque é aquela onde cresci, aprendi a nadar, aprendi a dar trambolhões na areia, a levar com o mar uns dias mais bravo que outros, onde aprendi, afinal e a tempo, a respeitar mar, sol e falésias. E já agora também cor das bandeiras e apitos dos nadadores-salvadores. Mas como ia a dizer, na minha praia acontecem as coisas mais surpreendentes, para mim é tipo palco de teatro sempre apetecível ao olho mais descomprometido mas bem atento porque gosto, aliás adoro, de desfrutar da vida da praia. A energia que ela emana, que começa numa onda e se propaga a tudo o resto, desde um sobrevoar de gaivotas, num andar mais apressado das nazarenas com as suas 7 saias sempre a correr de um lado para o outro, ou então a trabalhar debaixo daquele sol inclemente o dia todo sentadas a vender o seu peixe, ao andar mais desequilibrado de uma criança a dar os seus primeiros passos e a constatar que a areia não ajuda, antes pelo contrário, é simplesmente extraordinária.

 

Hoje na minha praia deparei-me com esta cena tão, como definir, tão descontraída de estar de uma senhora francesa dos seus 30 e picos, que se fazia acompanhar do seu marido e filhos, mais um casal com 2 filhos também. E o que me chamou a atenção nela, perguntam vocês? Mais uma banal família com amigos e crianças, sim de verdade eram banais, mas eram também muito descontraídos com o seu corpo. A senhora vestida de saia e top saca do seu bikini, que trazia à parte na mala, e isto já depois do marido ter feito o mesmo com os seus calções de banho, mas não teve tanto interesse como ela, ela, juro que nunca vi ninguém a despir a roupa interior e vestir um bikini com tanto à vontade e sem sequer ter toalha como ajuda. A senhora desnudou-se toda com um à-vontade tão grande e com uma naturalidade digna de uma senhora que tem consciência que sim, ali há estranhos, há gente a ver-lhe o corpo, e ela nem aí, e porque haveria de estar, olhares de estranhos lá está, não deveriam incomodar tanto como normalmente incomodam, porque não nos conhecem, e, provavelmente, nunca mais os veremos na vida.

A minha parte favorita foi quando ela saca do top, fica em soutien e saca do soutien na maior descontracção possível enfia a parte superior do bikini e depois ajeita as "mamocas" no bikini, diminutas mas ainda assim "mamocas" de mãe respeitável.

 

Isto a vocês pode muito bem nem vos dizer nada, ou então causar repulsa, ou sei lá, pudor, mas eu acho que esta senhora deu-me uma grande lição de como nós devíamos afinal e ao cabo lidar com o nosso corpo, sem o mínimo dos pudores, não digo exibir, e até concordo que, muitas vezes, topless é uma chamada de atenção principalmente em praias à pinha, mas esta descontracção só prova uma coisa, temos todos mais ou menos o mesmo, porque raio fazemos disso um bicho de sete cabeças?

 

Lindo, foi uma cena linda!

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E porque não?

por mandarina, em 09.08.12

Já que ganhei a alcunha, tendo mesmo ganho presentinhos à custa do nome do blog, que foi uma mala linda da marca mandarina duck e ainda uma pulseira super fofa, com uma medalha em formato mandarina, achei por bem, e porque ontem escrevi o post nº500 e porque, sinto que a aventura por terras de Oriente vai continuar de uma forma ou de outra, e já agora também porque este blogue já é mais do que só um bode expiatório das alegrias e tristezas vividas em terras de mandarins, então dou por inaugurada no facebook a página oficial da mandarina. Quem goste e me queira acompanhar também lá, é ir aqui e clicar no Gosto.

Obrigada por estarem aí desse lado a lerem, eu por mim, prometo continuar deste lado a escrever!

 

 pulseira e camisola - miminhos do pai

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