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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Desiludem:
Não que alguma vez estivesse iludida, afinal é Woody Allen, um filme insípido à semelhança de todos os seus filmes. Além de que mal conseguido, mal protagonizado, e pouco convincente. E mais do mesmo, o protagonista como alter Ego de Woody Allen está fraquíssimo. O que salva um pouco o filme: mulheres lindas de morrer (obsessão crónica de Woody Allen) e Paris. Linda Paris.
Não desiludem:
meteo@Aveiro (primeira paragem)
Quando já dá para ver a previsão meteorológica, sabem o que isso significa?
Que estou quase em casa, Portugal está ao virar da esquina :)
E depois de quase 10 meses aqui enfiada não caibo em mim de tão contente por saber que quinta-feira já estou em Portugal. Em casa.
Quando oiço pessoas dizer que estão sem ir a casa há dois anos ou até mais, fico siderada, não conseguiria, um ano ainda talvez aguentasse agora mais que isso, impossível.
E parece que o sol me vai receber no regresso a casa. Melhor impossível :)
É assim a vida, acabo de despachar 30 Kls de tralha, que é como quem diz, depois tenho que vir buscar mas bom, como ainda não sei para onde me leva o destino esta vez tem de ser mesmo assim. 没办法!
O meu quarto parece palco de uma guerra civil, e a mala para Portugal já ali está, pouco a pouco a ser preenchida por roupinha unicamente de Verão e livros nos quais pegarei estas férias para estudar.
Pela segunda vez consecutiva sinto-me a partir e o pior é que não sei ao que vou. Quer dizer agora vou de férias, Portugal quase aí! Depois é que é incógnita.
Do bom disto tudo, não deixo nada aqui que me queira fazer voltar, a não ser que vá para pior claro. Espero que não seja o caso.
Vou com a consciência que vivi o que tinha a viver aqui, se outras coisas não se proporcionaram é porque não tinham que ser.
Ainda bem, odeio arrepender-me das minhas decisões, querer voltar atrás, revoltar-me contra a minha sorte.
Tarefa facilitada portanto. Se é fácil? não é, mas de outro modo seria mais difícil e o difícil não me agrada mais, estou cansada do difícil.
Quero e mereço ser feliz mais fácil, mais leve, mais normal.
So Wuhan no strings attached to you ...
Porque não consigo raciocinar direito, por isso, prefiro não escrever nonsense e poupar-vos à minha diarreia mental (não encontro outro termo).
Estou num estado de pura ansiedade, não consigo encaixar as ideias, não consigo encontrar as palavras que materializem essas ideias confusas.
Estou em pleno estado de névoa, nem é tempestade, não é nada, é tipo aquela chuva que caí e não molha, só incomoda.
Odeio não saber de nada, está aí alguém, alguém do outro lado que me responda, que me alivie a tensão, que me acabe com as incertezas. Dizer que em breve sei não adianta, não minimiza o meu desespero nem acalma a minha impaciência.
Porque é que tem de ser sempre assim tão sofrido, tão em suspenso, tão demorado?
E isto é só a ponta do icebergue. Ando em espécie de período de tortura auto-infligida, e não quero, quero ter no que agarrar, quero mais certezas na minha vida, quero mais segurança e estabilidade. Que eu sou forte, mas não sou um rochedo. Ou se sou, então sou um rochedo cheio de rachas prestes a partir-se aos bocados.
E perdoai-me mas não esperem muito de mim nos próximos tempos. Estou em estado indefinido por tempo indefinido.
Fériassssssssssssssssssssssssssss... Abençoadas sejam, pensei que morria antes de poder saborear este momento. Foi por pouco, mas eu sou forte!
Agora preparar o regresso, encerrar assuntos pendentes, fazer as malas, limpar a cabeça e partir. Assim leve, livre e solta como se quer, como faz sentido, como tem de ser.
Casos extremos exigem medidas extremas!
Também tenho disto, na maior parte do tempo é coisa que não me arrelia, depois há alturas, que me incomoda mais que um espinho alojado num pé. Odeio exposição, gosto de andar sempre pela calada, está na cara que não tenho este blog para ter resmas de leitores ávidos por escândalo, intrigas, e outras coisas que tal. Aliás o meu registo é, e perdoai-me quem me lê, mas o meu registo é escrever de mim para mim, por necessidade, para não rebentar tudo para dentro, para não sufocar.
E, porque ultimamente me sinto algo exposta, ninguém me mandou ter andado a abrir as bolsas da minha privacidade, sinto-me, agora, um pouco claustrofóbica e com alguns 'privacy issues' e sinto que anseio controlar tudo ao meu alcance para me proteger e voltar ao meu low profile. Quando digo proteger, falo somente dos meus fantasmas, que não tenho a presunção de ter seguidores ávidos por exposição exagerada de fotos, desabafos, asneiras nem ando a ser assediada virtualmente.
Isso jamais sucederia comigo, o meu mundo é muito meu, muito particular, só é visível na medida que eu o deixo ser. É e será sempre assim, mas, até assim, às vezes, sinto que abro demais os cordões à bolha da privacidade que se quer bem restrita, tal como eu gosto, e só sei viver.
Depois de ter dormido 5 horas a noite passada, ter tido dois exames hoje, que mais pareciam o massacre dos pobres (estudantes entenda-se), estar cheia de dores de cabeça e com uma birra maior que o mundo, o que só me apetece ir fazer é ir pegar no livro de leitura, que é pior que tentar descodificar código morse, e passar o resto do serão agarrada àquilo. Pois sim, é já a seguir...a uma siesta, depois logo vejo como corre a coisa.
Férias para ontem please...
Que os exames não provam o teu conhecimento sobre determinada língua, a tua destreza mental prova-a a tua capacidade de comunicação no dia-a-dia em situações reais e não na quantidade de respostas certas que dás.
Certo é também que os exames provam a tua capacidade de te pores à prova, capacidade de seguires o sistema, de te submeteres a ele e a tua capacidade de o aceitares por consequência.
Certo é também que quem não aceita ser posto à prova lida mal com o julgamento dos outros sobre si, é só um exame, é verdade, mas prova a tua resistência ou ausência dela à avaliação.
Depois, também os há que decidem fazer isso a sua prova de fogo, eu decido fazê-lo a minha prova de avaliação da minha evolução e nunca como prova do meu falhanço.
Isso deixo para a vida me mostrar. É que, atentemos nisto, a vida ensina o que os livros (escolares) apenas teorizam. A vida é real, o teórico é somente ideal. E há que não confundir ideal com real.
Entediada pois claro, odeio gramática, aliás odeio regras, sei o quão importante elas são. Como as leis, regulamentos, afins tudo importante, há que manter a pouca ordem que existe neste mundo. E por isso também referente à gramática há que manter o respeito pela ordem da língua. Mas aborrece-me, entedia-me esta porra de regras e afins.
A minha alma é livre por isso não gosto nem nunca gostei de regras, gosto de liberdade, jamais esquecerei que o professor de filosofia disse em relação à minha escrita, que ansiava por liberdade. E é mesmo. Quero ser livre, cativa também, mas sobretudo livre d'alma.
E não abdico do que sou, do que quero continuar a ser, mesmo que isso nem sempre me ajude na relação com os outros, na relação com o mundo. Não quero mudar, não tenciono mudar, posso até moldar-me mas não vou mudar quem sou para ser aquilo que os outros esperam que eu seja. Desiludam-se, que eu não pretendo iludir ninguém e muito menos desapontar-me a mim própria.
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