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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Não sei se já perceberam mas eu sou toda indie music girl e agora ando a descobrir este excelente recente trabalho de Feist. Ainda não me fartei de ouvir, e continuarei que acho que é um álbum tão complexo que sempre que oiço dou comigo a pensar, ainda não ouvi esta música, o que é uma maravilha.
Hoje não vos deixo uma música, seria dificil escolher uma delas, são todas boas por igual. Deixo-vos antes esta excelente crítica e o site oficial da cantora canadiana http://www.listentofeist.com/ onde podem ouvir e ver os excelentes videoclipes deste novo álbum. É bom demais.
Sabem este post sobre os efeitos do café na minha p'ssoa. Pois bem ontem foi com meia coca-cola que consegui manter-me acordada e a estudar até perto das 2h da matina. 真的* (zhende)! Mas vá lá não tive insónias! Também com a canseira que levava no corpo e cabeça normal.
Eu estou que é um espectáculo, bebidas energéticas e estimulantes cuidado comigo. Ou eu com elas!
Por falar em energia, hoje é dia de spinning e eu que dormi 6 horitas não sei se me aguento sem estimulantes e para quem gosta de um bom pézinho de dança caliente mais logo há festa latina, mas lá está hoje a bateria está a meio gás, não deve dar para tudo.
*verdade
累死了 (lei sile) morta de cansaço, e com o dia cinzento pior ainda, tenho o meu cérebro quase em papa com a quantidade de gramática que enfardei nos últimos dias, tanta gramática faz mal à saúde, ainda bem que o teste já passou, senão ainda tinha uma overdose de gramática. Mas bom, correu bem, mas bom tendo em conta que o teste era igual ao da Rita e que ela mo emprestrou também não havia muito por onde correr mal. Da nota quero lá saber, visto que assim nem é uma nota fidedigna dos meus conhecimentos, mas sabem que mais, aprendi imenso nesta semana, e acho que nunca na vida achei gramática tão interessante como agora.
Agora fim de semanaaaaaaaaaaaaaaaaaaa....bom fim de semana, oh oh, bom fim de semana :)
E mais...mini-férias das aulas, que dos meus cutchi cutchi não tenho férias. Trabalho no fim de semana, mas bom é férias na mesma. E quase arrisco dizer, mais que merecidas.
Planos para as mini-férias:
♦ 看书 (kanshu) Retomar as leituras - andava a ler A festa do Chibo, de Mario Vargas Llosa
♦ 锻炼身体 (duanlian shenti) Regressar ao ginásio
♦ 看电影 (kan dianying) Ver filmes
♦ 学习一下儿( xuexi yixiar) Estudar qualquer coisita
♦ 睡觉 (shuijiao) Dormir o sono dos justos (yes, yes, yes)
♦ e 去玩儿 (qu wanr) most important of it all - passear e aproveitar o sol que deverá regressar amanhã a estas bandas!
Sabes aquelas saudades que te acuso de não sentires, hoje senti-as eu. Dias mais cinzentos estes em que realmente faz-me falta ouvir da pessoa mais bem disposta e de bem com a vida que conheci até hoje, a sua voz era quanto bastava para espantar qualquer tipo de indisposição. Mas bom já passou, que as saudades também são um estado de alma, vão e voltam, para um dia, como que por magia, se desvanecerem na infinitude do tempo.
Enquanto descanso dois segundos entre uma aula e outra, primeiro no kindergarten comigo a ensinar, e agora com a minha professora a aprender entretanto. Tou morta, e ainda tenho de continuar a estudar para o teste de amanhã. Mas bom! Para a semana começo com outra turma, os de hoje estavam especialmente amorosos, são os meus 小朋友* (xiao pengyou) favoritos.
Bom e felizmente hoje também em matéria de mal-entendidos chegou-se a bom porto. Ponto assente, para a próxima vez que tiver chatices é favor parar para pensar antes de sair a responder sem pesar as palavras. Não tenho nada contra pedir desculpa, que foi coisa que sempre me ensinsaram a fazer e não há orgulho que me cegue quando sei que um pedido de desculpas é o único meio para me redimir do que disse. Mas lá está as desculpas são muitas vezes evitáveis. Se todos parassemos para pensar antes de abrir a boca, isso sim. Comecemos por nós. É meio caminho andado para muitas querelas não serem despoletadas. Mas bom. Um pedido de desculpas honesto não fica mal a ninguém, coisa bem diferente de ser lambe botas que é coisa que nunca fui e, tenho cá para para mim, nunca serei. Não me está na veia essa característica que tanto abomino nos outros. Mas sou a primeira a admitir que erro quando sei que errei, e não tenho vergonha nenhuma de me desculpar com toda a sinceridade.
*literalmente significa pequeno amigo, que é como carinhosamente na China se chama às crianças.
Da saga Twilight que a prof. de audição insiste em fazer-nos engolir. Epah não gosto daquilo nem por nada, nem percebo a história nem nada. Vampiros, humanos, lobos, wtf! Ficção cientifica não é mesmo comigo, e fiquei extremamente mal disposta com a última cena que vimos, envolvia a personagem a parir um monstro ou lá o que era aquilo, sangue, dentes e boca do moço todos ensanguentados. AHHHHHH que nojo. Fiquei enjoada e enojada, e perdi o apetite. Digam-me lá como é que agora uma pessoa almoça com aquela imagem na cabeça. 天啊!!!(tian ah)
Abaixo o lixo Holliwoodesco. Há tanto filme bom para se ver, 真的 (zhende) verdade!. Prefiro mil vezes filmes chineses, alguns vá, que outros são mesmo intragáveis.
Ultimamente são só boas descobertas musicais, esta senhora, Emeli Sandé, tem um vozeirão incrível e eu fiquei deliciada com o debut album dela 'Our Version Of Events'. Adoro todas as músicas, versão original, acústica, de que forma for, na voz dela é mel. Que beleza de descoberta. E pronto já me apaixonei outra vez, a ouvir:
Farto-me de dizer isto a quem quiser ouvir: prefiro que me odeiem a que sintam pena de mim. Pena têm as galinhas e galinha é coisa que eu não sou de todo. Também vale de cá para lá, não sinto pena das pessoas. Pena sente-se pelos fracos e/ou oprimidos, e eu não vejo os outros assim.
*também passo muito melhor com a indiferença. Aliás bem melhor do que com a pena dos outros. É coisa para nunca mais me voltarem a pôr os olhos/ouvidos em cima. Ando a ficar muito radical mas não há outra via, as pessoas só percebem assim, se é que algum dia chegam a perceber.
Não tenham saudades dele (coisa inevitável que nas p*tas das saudades não se manda, elas insistem em deixar um amargo de boca, uma sensação de vazio e um quase buraco no peito). De pouco vos valem, eu sei/sinto, ele não tem saudades vossas, basta-se a si próprio e bastam-lhe os que tem à mão, por isso, vale-vos de muito as saudades e as declarações saudosistas.
p.s.: ter que estudar faz-me pensar em tudo o que não diz respeito ao próprio estudo. Focus...plz!
Sempre foi coisa que me fascinou. Química, e não falo propriamente da ciência, se bem que também é uma ciência. Falo de química que sentimos por alguém, no momento imediato que os nossos olhares se cruzam, que trocamos as primeiras palavras, aquela que nos impele ao toque, à descoberta do outro, à física. Mas fiquemo-nos pela química. Aquele momento em que esquecemos o mundo ao redor e nos concentramos a gozar a química a dois, é uma reacção espontânea e ingénua. Não acho que a química se possa provocar, ou existe ou simplesmente não.
Poucas vezes foram que senti química pura com alguém, não se pode forçar a química, é das reacções mais naturais que se desencadeiam entre dois suspeitos.
Química pura é rara e sabe tão bem, é uma reacção simultaneamente inebriante e temível. Nunca sabemos onde nos levará, não é facilmente controlável, tem génio e tem querer. Quando somos invadidos por ela, juramos que não sabemos nem como nem porquê ela se apoderou de nós com tanta veemência e assertividade. Mas sabe bem querer deixarmo-nos manipular por ela. Melhor ainda quando a sentimos em conjunto, quando ela é partilhada como um segredo só conhecido pelos envolvidos.
Lembro-me como se fosse hoje como ela me envolveu da última vez, não sei se no primeiro olhar, se nos primeiros dez minutos de conversa mas não sentia nada assim há muito e quis perpetuar o feitiço. Até que se quebrou, (in)consumada. Química em estado puro. Prazer adiado ou imaginado.
As melhores fantasias são as não consumadas. Ficam no ar com uma aura de perfeição inatingível.
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