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O meu Natal

por mandarina, em 27.12.11

Em resposta à(s) pergunta(s) da R. do meu coração: "E gostastess de sabado? E das prenditas? E da minha cara ao ver o Wang ali perto de mim? E da hora e meia de espera? :P E de andarmos tipo "sardinhas em lata?" resolvi escrever este post.

Adorei, adorei e, volto a repetir, adorei, o meu (nosso) Natal. Foi um Natal feliz, até de termos andado feito "sardinhas em lata" gostei, mais uma para a lista mas, afinal, o que ainda falta acontecer-me na China?* O meu Natal foi delicioso, foi encantador e fez-me sentir verdadeiramente em casa. Partilhei-o com pessoas que me dizem muito, cada vez mais. Estive verdadeiramente feliz e dentro do espírito de Natal, e cheia de boa disposição. Melhor dizendo: fui muito feliz este fim-de-semana.

 

Começou na sexta à noite com o jantar e convivio até mais tarde com um encantador casal amigo! Do sábado gostei mesmo de tudo e não me perguntem porquê, é daquelas fases que achas piada a tudo, e ficas feliz com coisinhas tão pequeninas que andas tola e só te ris e falas. Não me importei com nada, não me chateei com nada, nem com ter de esperar na fila, nem com uma mini dor de pés, nem com o frio, nem com a imensidão de gente, nem com a má educação de certas pessoas. Foi um jantar de Natal em português e espanhol com inglês pelo meio, com poucas pessoas, mas com as certas, tenho a certeza. E com cerveja daquela boa pah, mesmo boa pah, que saudades de boa cerveja, era alemã:) era um caneco de boa cerveja e só custou 8 bimbis (maravilha)! Mas o melhor momento ainda foi o da troca das prendas, não porque eram prendas valiosas, mas porque eram prendas modestas dadas com muito carinho e amizade. O melhor da noite, sem dúvida, foi a reacção da R. Fez-me a noite, a surpresa dela, o sorriso, a reacção no conjunto foi simplesmente lindo. E encheu-me o coração.

 

Domingo fui trabalhar, ah pois é, ou pensam que os chineses querem saber do Natal, e tá bem visto, já que eles não o celebram mesmo, a não ser a tentar comprar o mundo num só dia, como se o mundo acabasse no Natal. Oh era apocalíptica da futilidade a que nós vivemos.

Mas sim, lá fui dar duas aulinhas de Inglês, subtituir alguém que deve ligar ao Natal e até estaria em casa com a família, penso eu, ou prefiro pensar assim. Adorei, turmas pequenas, salas aconchegantes, gente simpática, alunos com sorrisos enormes e simpatia para dar e para vender e dispostos a colaborar comigo e enviar mensagens daquelas que me fazem sentir que estou a fazer o trabalho certo. Senti-me bem, senti que conseguia fazer coisas diferentes igualmente bem e com vontade. Gostei de ter trabalhado no Dia de Natal:)

 

À volta seguiu-se uma mini correria para ir assistir à festa de Natal organizada pelos estudantes internacionais, e meus amigos, eram todos amadores mas foi a melhor festa de Natal em que estive, ri-me, espantei-me, deslumbrei-me, emocionei-me, mas não, vá, não chorei. Muito gira e fofinha o raio da festa e eu a pensar que ia ser seca.

 

E, por fim, ou quase isso, o nosso delicioso jantar a 6, 2 casais e as 2 portuguesinhas cá do sitio, num qualquer restaurante chinês com baratas do tamanho de monstros, mas ninguém (quase) reparou nesse pormenor visto que a conversa, a companhia e a bebida (o vinho que eu ofertei aos casais) estava tudo mais que delicioso! E vim de lá, não bêbeda do vinho, chinês mas bom, mas bêbeda de felicidade e de amor no coração, assim a transbordar porque aquelas pessoas são as pessoas que fazem sentido ter conhecido e porque a faltarem me vão deixar um buraquinho no coração.

 

E este foi o meu Natal. Ontem, segunda à tarde, ainda houve tempo para um mini convivio internacionaloco com comida e doces tipicos do Perú não fosse a anfitrião peruana e encantadora. E assim se deram por encerradas as comemorações natalicias de 2011. Com amor, com amigos e com harmonia, e, sem esquecer, com muito açucar no sangue dos doces todos que recebi e que não paro de comer, nhammmmmmm nham:P

 

*tópico dum futuro post, sim!? já cá cantam algumas peripécias!

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圣诞快乐*

por mandarina, em 23.12.11

Bom Natal (*shengdan kuaile):

 

E assim chegou o meu primeiro Natal fora de casa, longe da família, da comidinha tradicional, das árvores de Natal verdadeiras, e dos serões passados a comer bolo-rei e filhós da avózinha. Porque o meu Natal nunca foi necessariamente um Natal religioso, porque não vou à missa do galo, mas sempre significou estar com a minha (pequena) família. Hoje se calhar dou mais valor a isso, mais do que na hora dei, não será o primeiro Natal em que a família núcleo não está junta, mas será a primeira em que não estou com nenhum deles, nem avós, nem mãe e é estranho. Mas não é mau, aqui também se sente o espírito natalício, hoje recebi presentinho da minha colega de turma da Estónia. Ela é um amor, e trouxe-me um mini cabaz com produtos 100% estonianos:) Eu, à falta de produtos de Portugal, acho que vou tentar comprar vinho português algures, ela disse que adora vinho, a ver se encontro...

 

Esta época não me deixa propriamente feliz, nem infeliz, nem sei lá, por tantos motivos. Feliz por ver as pessoas mais unidas, mais generosas, mais amigas. Infeliz por saber que esta é também uma época que é tão superficial e comercial, e não devia ser, perde um pouco o significado porque as pessoas gastam muito, dão muito, recebem muito, mas também disperdiçam muito. Quando o que se espera nesta época é partilhar amor, afecto e amizade. Mas... esqueçamos as coisas más.

 

Vai ser um Natal calmo, passados com os novos amigos, poucos mas bons! E, vai ser passado a trabalhar também! Que Natal é algo que não diz nada aos chineses, tirando a maluqueira das compras e promoções que surgem nas lojas para incentivar à compra. Eu quero passar bem ao lado disso... o máximo possível!!! Domingo trabalha-se, Sabádo finjimos que somos todos amigos e vamos dar um saltinho à festa de Natal da escola, quase mais por obrigação que por gosto!

 

E será isso, convívio, paz de espírito e algum trabalho. Um Natal diferente mas certamente interessante. Eu não desgosto do Natal, mas acho que aqui não se sente o verdadeiro espírito, afinal Natal é família...

 

Bom NATAL com muito amor, paz e fraternidade*

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Signos Chineses

por mandarina, em 22.12.11

Uma das lendas que explica a origem do Zodíaco Chinês, e que explica a ausência do gato, entre os 12 animais, diz, resumidamente, que:

"Foi confiada ao rato a tarefa de convidar os animais para que se apresentassem ao Imperador de Jade para um banquete, onde seriam escolhidos os signos do zodíaco. O gato era um bom amigo do rato, mas o rato enganou-o, fazendo com que acreditasse que o banquete seria no dia seguinte. O gato dormiu enquanto o banquete era realizado, imaginando que só ocorreria no dia seguinte. Quando descobriu a verdade, prometeu ser o inimigo natural do rato pelas eras a partir dali."

p.s por estas e por outras (O gato dormiu enquanto o banquete era realizado) é que eu devia era ser gato, adoro dormir e deixar-me enganar (not), caso ele existisse no Zodíaco Chinês. Pobrezito do gato que se deixou enganar pelo rato e se deixou ficar a dormir.

 

 

Ano do Coelho (lebre) (兔)

            (lebre) (兔)

 

Eu sou do signo lebre e aqui ficam algumas das características deste signo:

 "As mulheres deste signo, que aparentemente podem ser vistas com dependentes e indecisas, são muito mais hábeis que os homens para enfrentar e superar os problemas comuns da vida.

O nativo de Coelho é impulsivo, embora não seja dotado de muita energia. Claramente demonstra seu desagrado com as coisas, mesmo não verbalizando isso. Seu sentido de justiça é muito exigente, pois costumam ser pessoas respeitadores das leis, pacíficas e amantes da paz. "

e, ainda,

O Coelho é um signo muito afortunado do horóscopo chinês, ele é o símbolo da longevidade (assim o espero). O Coelho simboliza a graciosidade, as boas maneiras, a sensatez, a bondade e a sensibilidade. Levará uma vida tranquila, terá muito sucesso nos seus negócios (assim o espero) e ascenderá rapidamente em qualquer carreira que escolher (assim o espero). Ámen

 

De acordo com (quase) tudo.

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Bom "deal"

por mandarina, em 21.12.11

Para não pensarem que falo sempre só das coisas más que por aqui acontecem, hoje vou falar duma coisa boa, compras e bons "deals". Comprar, vender, grandes promoções, novidades, grandes oportunidades, bagatelas, entre outras coisas do universo das compras é com os chineses. Está-lhes no sangue, adoram tudo o que gira à volta de dinheiro, e adorem comprar e vender, e negociar e ganhar ou conquistar o cliente. Por isso, é normal os supermercados invistirem muito nos chamados "deals", ao comprar oferecem algo grátis, ou então pagas um e levas o segundo grátis. Já vi disto um pouco por todo lado, lojas de roupa, supermercados, restaurantes, pastelarias, sapatarias, drogarias, etc... O chinês gosta de comprar e ficar com a sensação não só, que comprou, mas também, que ganhou um extra pela compra que fez. Isso deixa-os felizes e, por sua vez, com mais vontade de comprar.

 

Toda a gente gosta de um bom "deal" na hora de comprar, seja a negociar o preço, mas regatear, ao que me quer parecer, aqui não é uma prárica muito bem vista. Enquanto que, em Shanghai e Beijing é uma prática habitual e bem-vinda, aqui por exemplo é considerado ofensivo, como se estivessemos a pôr em causa a qualidade do produto e, por consequência, a pôr em causa a credibilidade do vendedor. Não sei se é em toda a cidade, esta cidade é composta por 3 cidades que por se terem expandido deram origem a uma só, mas na parte em que vivo não é nada bem-vindo. E os vendedores chegam mesmo a adquirir uma postura agressiva e contrariada.

 

Bom, eu, como qualquer comum dos mortais, adoro este tipo de promoções, e a semana passada, pela ocasião de um mini-convivio entre o pesssoal daqui, fui ao supermercado à procura de uma garrafinha de vinho tinto. Para quem não sabe, eu adoro vinho tinto, não sou entendida do assunto, mas já vou sabendo umas coisinhas sobre vinho.

Em Shanghai tive a oportunidade em inúmeras ocasiões de beber vinho muito bom, quase sempre tinto, é o meu favorito. Então como a última vez que bebi foi em Shanghai, a semana passada decidi-me em ir comprar. Muito a receio, confesso, porque sei beber, mas comprar é mais espinhoso, porque não sei bem o que escolher. Desta vez, não me posso queixar de todo, que saiu-me bem a compra, comprei um vinho Great Wall (a marca de vinho chinês mais famosa) por 79 RMB e, pela compra desta garrafa ofereceram-me outra igual grátis. Great deal :) Trouxe duas garrafas e, apesar do rótulo dizer "Cabernet Sauvignon grapes", mesmo assim desconfiei da qualidade do vinho. Pois, mas enganei-me, o vinho não é mesmo nada mau. Pronto, se comparado com um português diria que é um vinho de qualidade média inferior e custou 8 euros enquanto um português pelo mesmo preço seria um vinho bastante bom. Ainda assim, 2 garrafas bem que compensou.

 

Sobrou uma garrafa, os meus colegas estavam mais numa onda de cerveja e etcs e quem bebeu, 4 pessoas no total, achou o vinho bom.

 

 

 

 

ps. e não, não vou acabar a noite de Natal a beber o vinho sozinha no meu quarto e a cantar, desfeita em lágrimas, All by myself tal qual a nossa querida Brigdet Jones.

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Caligrafia chinesa - 书画

por mandarina, em 21.12.11

Pois a arte da caligrafia chinesa não vive em mim. Também eu e trabalhos artísticos já se sabe que não vamos à bola, nunca fomos não seria agora que iriamos. E depois eu até acho que tenho ideias daquelas mesmo giras, e com significado, e ideias originais para prendinhas originais. Sempre tentei dar prendas com um toque de original, normalmente tudo o que damos é tão banal, por norma já vem feito, é só comprar, embrulhar e dar. Não pomos nada de nós no presente, damos com amor, mas não damos com um pouco de nós. Desta vez, tive uma ideia muito gira para um presente de Natal atrasado e (pedido de desculpas)! Mas até aqui tudo bem, pô-la em prática é que foi mais dificil porque eu de caligrafia chinesa percebo patavina, o pincel e a tinta da China, que expande no papel sem aviso, só dificultaram a coisa. Saiu uma coisa desajeitada, mas, oh, pelo menos fui eu que fiz, e fi-lo com a melhor das atenções. É um presente simbólico, é um "gosto de ti, desculpa qualquer coisinha".

 

É um presente humilde, mas tem o meu cunho, desajeitado mas com a melhor das vontades e empenho. Não tenho a culpa de me pôr a inventar e depois não saber fazer as coisas. Nestas alturas, mais vale pensar "o que conta é o gesto, o resultado pouco importa" ainda assim tenho vergonha pelo resultado, mas não quero ter vergonha de admitir que se erro, em atitudes, não devo ter vergonha de acertar na intenção. A minha única intenção é escusar-me de ter sido injusta e má. E nisso, estou certa que, por mais infeliz (e desajeitado) que seja o objecto de pedido de desculpas, se ele for sincero e honesto então assumirá valor aos olhos de quem o recebe.

 

A guilty conscience needs to confess. A work of art is a confession.

Albert Camus

 

p.s Obrigada à Rita pela paciência, apoio e disponibilidade!

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Quedas

por mandarina, em 19.12.11

E quando se comete duas vezes o mesmo erro, e se espera, sinceramente, que não se cometa o mesmo erro pela terceira vez; pelo menos as hipóteses disso acontecerem novamente este ano são quase nulas, mas nunca se sabe (ironicamente falando)!

Sinceramente não acho que cometa o mesmo erro por burrice, cometo-o por ingenuidade quiça, mas a ingenuidade é como a virgindade, uma vez perdida não volta mais, e métodos falsos não contam, LoL! Bom, tendo em conta, que sei onde erro, sei porquê, e que a ingenuidade já me vai escasseando, se voltar a acontecer é porque o erro não é pensado, é-me espontâneo.

E está, nesta altura, quem estiver a ler isto a pensar, mas ela está a falar de quê mesmo? Pois é simples, da estúpida rotina do erro, caímos, perdemos, falhamos, sabemos que erramos, e mesmo assim erramos novamente. Mas se sabemos que erramos logo o normal seria aprender e não voltar a cometer o mesmo erro duas vezes, porque, uma vez que sabemos o porquê do erro (a causa), naturalmente, saberemos como evitar errar outra vez. Mas eu, não sei se por deslizo ou inconsciência, tendo a cometer os mesmos erros vezes sem conta. Logo, se erro, sei que erro, sei porque erro, então há algo está a bater mal. Mas não está, é o que se chama imaturidade, os meus 24 anos ainda não me chegam para tudo aquilo que desejo enxergar e que, por isso, ainda, não atinjo e, daí o erro.

E quem disse que quando se cai só se cai uma vez, pois, mentira. Caimos infinitas vezes até que chega uma altura que nos começamos a saber como nos desviar das constantes e mais que prováveis quedas. Eu ainda estou na fase de cair, levantar, tal e qual um bébé que está a aprender a andar, cai e levanta-se para logo em seguida voltar a cair, até que, um dia, não cai mais e nesse dia, manter-se-á firme sob os seus próprios pés e aí ganha aquilo que muitos de nós ansiamos alcançar na vida (vá falo por mim), equilibrio.

É aquilo que anseio alcançar com tantas ganas, com tanta vontade, desejo tanto que até se me tolda a razão. Pois, agora caio, levanto-me, magoo-e, volto a levantar-me, para logo em seguida cair, com menos vontade, porque uma pessoa começa a ficar arreliada com tanta queda. Um dia, tal e qual o bébé que já sabe andar pelo próprio pé, também eu saberei não cair e alcançarei aquilo que almejo com tanta veemência: o meu equilibrio na vida.

 

Não faz sentido? Para mim faz e muito, se calhar até demais.

 

The only courage that matters is the kind that gets you from one moment to the next.
Mignon McLaughlin

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(a) Ensinar português

por mandarina, em 19.12.11

E assim foi, hoje tive a minha primeira experiência como "uma espécie" de professora de português, sim que eu não fui definitivamente talhada para ensinar, pelo menos, não a minha língua materna. A experiência foi, como dizer, olha nem sei bem como defina, muito estranho. Eu ali a dizer "Olá" e "Tudo Bem?" e "Até Amanhã" e etc. Senti-me assim... pateta. Foram duas longas horas, e o tempo ainda custou a passar.

 

Ensinar português, nível básico, é como ensinar alguém a beijar, alguém que não faz a mínima ideia do que um beijo a sério e bem dado seja, mas mesmo assim uma pessoa esforça-se por ensinar mas por mais que se esforce pior é o resultado, porque sai um beijo desajeitado, e por mais que se tente acertar o compasso falha sempre alguma coisa como quando as peças do puzzle estão trocadas e tu não dás conta da charada. Ensinar português é frustrante, é como assistires, impotente, alguém a assassinar a língua que tu achas mais perfeita, mais linda e melódica. Na boca do rapazinho, esforçado bem sei, saíam os sons todos distorcidos e eu ficava a pensar para mim própria, bem que prefiro ver/ouvir assassinarem a língua dos outros, é bem menos penoso.

 

O português dele é mais básico que o meu chinês e, tendo em conta que, já teve aulas intensivas de espanhol pensei que o nível dele fosse um pouco melhor, mas nem por isso. Bom. É do inicio é do inicio. As coisas para serem bem feitas devem começar bem de raiz, mas eu juro que, e tenho pena de o dizer, mas a verdade é que não tenho formação para ensinar português àquele rapazito, nem do nível mais básico. A sério, é tudo tão simples, e irritante para quem está a ensinar, do género ele não consegue pronunciar os "r" em "caro" nem os "nh", "lh", "l", etc. E eu sinto-me impotente porque não sei como ensinar a não ser repitar mil vezes e obrigá-lo a repetir, mas repete mal, infinitamente mal. E como dar a volta? juro que não sei. A verdade é que não me preparei para esta aula, do género só soube de manhã que ia dar aula das 3h às 5h e concordei, por não me parecer nada de mais ensinar português, na verdade é mais dificil do que parece. Ai.

 

E o "L" dá-me náuseas, pois euzinha não sei pronunciar o "L" bem, nem se nota muito quando as pessoas não sabem, quando sabem é a risota total. Mas isto até poderia ter piada senão fosse eu tentar que ele dissesse "L" e ele só percebe e repete "u" :S, muito mau!!!

 

Nem sei bem o que diga, do positivo que tiro disto é que ele ajuda-me a rever todo o vocabulário chinês mais básico e obriga-me a desenrascar-me a comunicar em chinês e, pronto, com razão, goza com o meu chinês desajeitado e eu martirizo-me com ele a massacrar o meu querido e adorado português...Ai que não nasci para isto, mas lá está, como uma amiga diz, bom ou mau, tudo adiciona valor à nossa vida. E estou certa que esta experiência adicionará valor à minha, de certa forma, já encaro as professoras de português de outra maneira, pobres mártires com paciência de santa.

 

E agora vou masé pôr mãos à minha aula de Business English que nessa, meus amigos, sei que sim, eu bem que assassino o inglês mesmo como professora, mas dá-me um gozo desmedido ensinar em inglês, e uma adrenalina daquelas, que não sei até quando vai durar, mas por enquanto só posso dizer "So far, So good"

 

ps. e sim, eu exagero um bocado, mas quando ainda estou em estado de choque dá-me para exagerar os cenários, que se lhe há-de fazer?

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Voz Divinal

por mandarina, em 18.12.11

Estou completamente apaixonada, viciada, anestesiada por esta voz. Acho-a completamente fora do comum, tem uma voz super enigmática, quente, misteriosa, um pouco sombria e indefinivel. É simplesmente divinal. E pouco me interessa saber se é "um fenómeno fabricado", já que ela é deveras um fenómeno. E deixa-me arrepiada sempre que a oiço, e música que me provoca sensações destas não abunda por aí, infelizmente. E ela está perfeita, sendo resultado ou não de marketing, eu diria que, se for, então, está um trabalho muito bem conseguido, porque aparte polémicas, tudo o que a envolve é cativante: a voz, a pose, o ar posh, o mistério que paira à volta dela. Se ela for uma farsa, eu não me importo nada que venham/fabriquem mais destas farsas para enriquecer o mundo da música e espectáculo. E tiro o chapéu ao produtor da suposta "farsa" porque está, a meu ver, um trabalho de mestre, sim senhor.

 

E se não for, e ela for mesmo aquela mulher do videoclip e das actuações ao vivo, então é, sem dúvida, uma artista fenomenal e versátil. Eu gosto muito, e acho que estou seriamente viciada, e não posso (senão) esperar pelo início de 2012, finais de Janeiro, data do lançamento do álbum, para o ouvir na íntegra.

 

Além do mais, acho que as letras são profundas, é um misto de abismo e de lucidez, de certeza e escuridão, umas mensagens muito próprias do universo amoroso. Gosto, gosto muito, acho que está tudo bem conjugado, a mensagem, a imagem e a melodia. Tudo faz sentido, propositadamente ou não, mas sinto que faz.

 

 

Capa do single "Born to die"

 

"Don't make me sad, don't make me cry

Sometimes love is not enough and the road gets tough"

 

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Suspiro

por mandarina, em 17.12.11

 

MANGO

 

Ai é nestes momentos que eu me amaldiçoo por não ter umas pernas de metro e meio para poder usar este vestido. É o vestido dos meus sonhos, mas claro vai ficar só mesmo nesse plano que para usar esta "belezura" seria preciso tipo só mais 20 ou 30 centímetros, coisa que pronto eu nunca vou ter :( quiça na minha próxima vida!

É perfeito (ok a modelo também ajuda) mas é MeSMo lindo... o decote, as alças, a minha cor favorita, vermelho paixão, aquela racha de lado, o corte, o tecido, a ligeireza e simplicidade...ai (longo e pronunciado suspiro). E é assim natalício, não acham? :-O

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...

por mandarina, em 17.12.11

Quando não se tem nada, não se tem nada a perder. É bom chegar a conclusões destas. Não é reconfortante mas é bom.

Tu não me deves nada, eu não te devo nada a ti, por isso nada com nada, é simplesmente nada de nada.

Não dei porque senti que devia dar, dei porque quis, a minha amizade, a minha confiança, a minha disponilibildade, a minha boa-vontade... O que recebi de volta: uma grande ausência. E ausência é um grande nada que deixa o outro com uma grande sensação de vazio, um buraco que não dá para tapar, que se sente e que se nota a mil léguas de distância. E o silêncio é a ausência que ecoa na alma como o mais sonoro dos vazios. É um "não estou, não quero estar, não me interessa, nem quero saber". Não é só desinteresse, é a alienação total. É a espera que vira desespero, é a espera que deixa de o ser, para ser a certeza de que esperar em vão é dar dois passos atrás. E dois atrás não entra no meu universo. Eu quero caminhar em frente com a firme e inquieta esperança que um dia a espera (aquela que hoje sei ser em vão) seria uma certeza amanhã.

Que quem sabe pelo que espera, ainda que a espera seja sempre ingrata, sabe esperar.

 

Hoje sei que a espera não é ingrata, quando tem valor e significado, esperar em vão é que é ingrato. Por isso, não espero mais, nem esperarei.

Que em vão um dia esperei, esperei estar enganada, esperei ser uma fase, um contra-tempo, uma desatenção menor. Para hoje saber que a espera não me vai levar a lado nenhum, não havia ali nada para mim, a não ser migalhas. Hoje só vejo indiferença, ausência e alienação.

 

Hoje não espero mais. Preciso viver, que a vida assente em esperas inertes é uma vida muito amarga, muito infeliz e muito insípida.

Hoje espero da vida, aquilo que sei merecer. Aquilo que sei um dia ser-me dado pela vida, mas não espero em vão, espero com a mais forte das convições porque sei quem sou, sei quem quero ser e sei saber quem merece as minhas esperas - aquelas com razão de ser!

 

Do* exactly what you would do if you felt most secure.

Meister Eckhart

 

* Em vez de "Do" neste momento diria antes "Say"!

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