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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Podia estar muito bem a falar de mim e dos meus quilos a mais, mas não, estou mesmo a falar de gente balofa de mania, gente com auto-estima a mais (e sim, tudo o que é demais é moléstia), que certamente tem em casa um espelho em tamanho XXL que lhes faz crer todos os dias, de manhã à noite, que é o ser mais lindo do mundo, o mais espectacular, o mais poderoso. E depois convencidos pelo seu espelho mágico, normalmente apelidado de narcisismo puro e duro, lhes faz olhar para os restantes, comuns mortais, dum patamar, ainda que imaginário, muito superior e muito distante, em verdade e justiça.
Mas que se passa na cabeça de tanta gente para se achar a última bolacha do pacote, um deus ou deusa da beleza ou sapiência, a última bomba do stand, a pessoa mais inteligente à face da terra, ou a que detém o canudo mais importante entre todas as maçãs podres do pomar.
Essas pessoas que se acham mais que os outros, e que na verdade só o são mesmo na cabeça delas, são iguaizinhos aos demais, e, por isso, deviam era poupar-se às merdas e portarem-se como gente inteligente (que tanto dizem ser) e abusar duma virtude tão em desuso nos dias que correm e que tanta falta lhes fazem: modéstia.
A meu ver a maior virtude é essa, saber que se é inteligente, guardar esse pensamento para si, saber usá-la no tratamento com os outros, e ser modesto nas atitudes e postura. Farta de gente balofa de manias, e status e canudos, e postos. Gentinha que se acha por tudo e por nada, porque é o profissional X ou Y, o filho daquele, o doutor não sei das quantas, o gajo ou gaja que faz tudo bem a toda a hora, que é a pessoa mais perfeita à face da terra e depois vai-se a ver, e afinal é só dona/o de uma língua/atitude narcisista.
Se eu alguma vez me tornar numa destas pessoas que me caia imediatamente um raio em cima.
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