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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
É precisamente como me sinto nestes últimos dias, e não, não estou a falar de ressaca alcoólica (eu nem sequer bebo álcool).
É a ressaca de não ter, pela primeira vez na vida acho, férias de Verão e tudo o que isso implica.
Férias do Oriente, férias desta poluição, desta terra, desta gente, desta comida, desta língua este Verão não haverá.
E porque no sábado tinha o meu voo para Portugal, sinto-me realmente a ressacar, porque sei que hoje estaria em casa, com a família, os amigos, com direito a praia, às sestas no sofá, ao ar puro e a saborear a quietude característica da minha terra, e estaria em paz, a ler um livro, a aproveitar o sol, a deliciar-me com comida portuguesa, a falar e a fazer-me entender-me na minha língua, a matar as saudades de tudo, de todos e do Verão que é só a minha altura do ano favorita, a minha estação predilecta, o meu tempo de paz e descanso. Os dias mais longos, mais quentes mas também os mais refrescantes por todos mergulhos dados naquele mar salgado e maravilhoso.
Mas bom, não vale a pena chorar sobre o leite derramado, é aceitar que já não sou uma estudante, e que as consequência da idade adulta não são leves, nem te deixam muito margem de manobra. As férias ficam adiadas para Outubro, e até lá é tentar não morrer com o calor que se faz sentir nesta cidade, e aproveitar o melhor dela, os fins de semana ninguém mos tira, e pensar que o tempo passa rápido, mesmo para os que não têm férias de Verão.
E quanto ao "não cresças é uma armadilha" é dizer que a vida de adulto, quando já não se é estudante, é difícil, é, muitas vezes, sinónimo de "adeus liberdade" e "olá preocupações".
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