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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Vêm-me à cabeça os tempos de estagiária na Aicep em Shanghai, há tanta coisa em comum com o momento atual, o mesmo horário de trabalho, e eu consigo chegar sempre atrasada para não variar, a mesma rotina, o escritório vestido de Portugal da cabeça aos pés, é panfletos, e mapas de Portugal, e livros de promoção, até os poetas portugueses vêm estampados nas taças da Vista Alegre que o boss trouxe de Portugal e nos quadros ainda por afixar, é o fado, que tem dias está como música de fundo. E é reconfortante, é um Portugal em ponto pequeno, e uma portuguesa (eu) para completar o quadro.
E pensar que aqueles tempos não voltariam, e hoje, once again, cá estou eu num ambiente muito parecido, com tarefas algo parecidas, com uma forte ligação a Portugal. A única coisa que mudou, foi não só a cidade, como os patrões, agora chineses (2 chineses), 5 estrelas de realçar, e um novo objectivo, que naquela altura nunca existiu em mim, o de fazer bem, sair-me melhor ainda, porque se naquele tempo falhei em grande, do início ao fim, se bem que não havia muito por onde dar certo, hoje, quis o destino colocar-me aqui, como a dar-me uma nova (e talvez última) oportunidade para ser uma profissional a sério.
E é com este sentido de dever, cumprir-me a nível profissional que encaro esta nova etapa da minha vida, e desejo não esquecer o quão irresponsável fui no passado e dar graças por esta nova oportunidade profissional me ter vindo parar às mãos, e fazer por lembrar-me disso com a mesma convicção todos os dias de manhã à hora de sair, mesmo que venha para um escritório um tanto ou quanto solitário numa rotina pouco entusiasmante, e num ambiente de trabalho desafiante mas também um pouco assustador.
E de repente, o passado no meu presente, mas o medo de falhar não pode nem entrará na equação. Só há uma via, ir em frente sem medo e com uma grande determinação de ser alguém, mais do que somente aquela portuguesa que veio de Inov para a China e ficou à margem de tudo (profissionalmente falando) o que a rodeava porque se decidiu meter à margem.
Hoje é diferente, quero que este barco seja também meu, quero remá-lo e direccioná-lo, que margem de manobra não me falte para isso.
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