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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Então e porque as férias estão aqui a bater à porta imagino já o que vão ser estas férias. Tudo começa com eu a sair do avião e deparar-me com o Sol que brilha da forma mais linda que pode haver no mundo, que me deixará com aquela sensação "finalmente cheguei a casa", não há lugar no mundo onde o Sol brilhe como em Portugal, ou pelo menos eu ainda não conheço esse lugar. Isso e experienciar aquela breve sensação ofuscante por não estar acostumada àquela luminosidade de Lisboa é uma sensação indescritivelmente boa.
Bom depois imagino-me a chegar a casa, e ver a minha avó com a lagrimita no olho de felicidade, e logo me vai dizer que "estás magra e mal encarada também", para ela eu estou sempre ou gorda ou magra, nunca no ponto. Mal encarada nisso concordo, também depois de uma viagem tão comprida e de estar aqui enfiada há meses neste país é normal que esteja mesmo muito mal encarada. Logo ganho outra vida, com comida decente, água decente, atmosfera despoluída, descanso e noites bem dormidas.
Chega o tempo para matar saudades de tudo o quanto gosto, da família, da minha casinha, da comida, do tempo, dos amigos. E vai daí terei tempo para ler, para dormir tudo quanto possa, para escrever, para estar à lareira, para estar a apanhar um solinho bom, para cozinhar, para passear e ver o mar, para ouvir música e ir ao cinema, para grandes jantaradas com os amigos, para as visitas aos lugares e pessoas que levo sempre no coração.
Na verdade, ainda continuo por cá mas o pensamento esse já só está lá. Só damos verdadeiro valor ao que temos e ao que deixámos para trás quando as saudades falam mais alto que tudo o resto. E as minhas já não falam, já só gritam.
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