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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
A vida por norma não nos concede segundas oportunidades, não nos traz pessoas do passado para fazer parte da vida de hoje ou de amanhã, não nos traz amores perdidos, mal resolvidos; não nos ensina a perdoar ao ponto de trazer pessoas que nos magoaram muito, não nos concede segundas oportunidades de fazer bem, de estar bem, de refazer, de agir com cuidado, de apagar coisas que foram ditas num momento irreflectido.
Não, a vida segue em frente, e dificilmente nos trará novamente essas pessoas, as que amámos, as que fizeram parte do nosso dia-a-dia, as que estavam à mão, as que estiveram sempre ali, pode até fingir-se que se mantém tudo igual, mas nada ficará igual quando não mais se faz parte do dia-a-dia de alguém. São vidas que já não tocam a nossa, a não ser artificialmente, à distância, ou que, muito raramente, a tocam por um elo muito superior à separação física. Ainda assim, a vida segue, o tempo cura as mazelas, as saudades acabam por dissipar-se, outras vidas tocarão a tua, outras lhe darão sentido, os acontecimentos, porque tudo à tua volta segue, ruma em frente, encarregaram-se de levar uns, trazer outros, e, por mais que penses que podes controlar alguma coisa, não controlas nada, a vida segue, fica muito pouco, normalmente ficas tu contigo próprio, mas nunca igual, e nem por isso, melhor.
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