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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Esta semana foi imensamente noticiado o abrandamento do crescimento económico chinês, que é algo que assusta um mundo que está fortemente dependente desta enorme economia, a segunda maior a nível mundial, e visto que a americana não está de muito boa saúde, uma China a mãos com uma crise económica significaria uma recessão sem precedentes a nível mundial.
Se, por um lado, peritos económicos dizem que, apesar das quebras nas exportações chinesas para a Europa e América, e a desaceleração do investimento estrangeiro no mercado chinês compromete de maneira irreversível esta economia, a solução, defendem os especialistas, passa pelo aumento do consumo a nível interno. Os consumidores chineses com um poder de compra cada vez maior, a par de um acréscimo sentimento nacionalista serão os maiores agentes na resolução deste impasse económico da sua própria economia.
A certeza da procura do mercado interno é uma aposta forte do governo chinês que vê agora os seus consumidores como os principais agentes na sustentação do seu modelo económico e consequente crescimento económico. Mas será o mercado interno suficientemente grande para absorver a maciça produção nacional? Eu diria que é, mas talvez não seja. Só o tempo o dirá. Se o presente não assusta ainda este mercado gigante, os maiores desafios sentir-se-ão a longo prazo com as multinacionais, principalmente as americanas, a repensarem a sua posição e continuidade num mercado que não garante uma continuidade lucrativa destas empresas em solo chinês.
Este artigo da Forbes explica a conjectura.
Sucintamente refere que as multinacionais que, em massa investiram na China no passado, e que, a nível geral, estão satisfeitas com os resultados alcançados até ao presente momento, vêem o seu futuro ameaçado e, por isso, ponderam mesmo mover-se da China para outros lociais que lhes ofereçam aquilo que a China não está disposta a dar-lhes: facilidade de acesso ao mercado; protecção a nível da propriedade intelectual e leis que protejam as empresas contra uma concorrência chinesa feroz que se adivinha tudo menos suave nos próximos anos; entre outros.
Será que estamos prestes a ver uma China colapsar antes mesmo de surpassar a economia americana? Se assim for, o mundo económico estará comprometido e significará o agravamento de uma crise que está já a deixar a Europa de rastos, e o contágio a uma escala mundial será, portanto, inevitável.
Esperemos que o Reino do Meio se aguente e surpreenda com uma reviravolta que só eles têm a capacidade de encabeçar.
O artigo na íntegra aqui.
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