Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Que aparentemente registou os níveis mais elevados alguma vez registados no mundo, e quer-me cá parecer que o epicentro desse desastre ambiental teve lugar aqui, em Wuhan, China Central.
Certo é que um dia todos morreremos, mais tarde ou mais cedo, agora preocupamo-nos nós com a continuidade da espécie humana? Quer-me parecer que não, senão já alguém neste mundo nojento de interesses políticos e económicos teria feito alguma coisa e posto um stop à China e a todos os países que não respeitam coisa nenhuma, nem o presente e muito menos um futuro sustentável. Não percebo como a humanidade assiste impune ao massacre do planeta.
A questão, que sei até bem qual é, centra-se no nosso egoísmo enquanto seres humanos que vivemos para o momento presente, que vivemos o agora e não pensamos o quanto estamos a comprometer ou mesmo a aniquilar o futuro dos nossos e até mesmo o nosso. Somos seres egoístas, passamos a vida preocupados com as nossas vidinhas, sem qualquer consciência ambiental e sempre que uma coisa grave como a que está a acontecer agora aqui com os níveis de poluição atmosférica a bater todos os recordes possíveis e imaginários, ou quer seja com um derrame de petróleo, ou até mesmo com uma contaminação irreversível dos solos devido a acidentes nucleares, pensamos sempre: "É mau, mas não aconteceu aqui, foi no outro lado do mundo, e há-de passar". Pois desenganem-se todos, é mau, aconteceu aqui, mas afecta o ecossistema a nível global e será o que provocará os cataclismos que matarão milhares, milhões, biliões de pessoas em todo o mundo no próximo Inverno com chuvas torrenciais, e no Verão com a seca extrema que um dia, que está para breve, ditará a escassez de alimentos à escala mundial.
Por isso, desenganem-se que por não acontecer aí, nas vossas barbas não é grave, é gravíssimo, e até pode ser que quem esteja exposto a isto num primeiro momento sofra mais rápido os efeitos destes desastres mas ao fim e ao cabo todos pagaremos a conta pela nossas atitudes negligentes para com o meio ambiente sempre que fechamos os olhos à ganância de superpotências mundiais como a China e/ou Estados Unidos da América, entre outras.
A verdade é que hoje já ninguém está imune aos efeitos da poluição, quer seja eu aqui a respirá-la directamente, quer seja quem esteja a milhares de kms, e ainda que o problema choque, não induz à acção que se quer rápida e urgente. O verdadeiro inimigo reside na falta de consciência e na falta de responsabilidade das pessoas e governos, e até que as consciências mudem falta quase tudo. Sinceramente temo que que esse momento chegue precisamente à beira da destruição total e irreversível do planeta e da humanidade, logo tarde demais.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.