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As aventuras (e desventuras) de uma lusitana em terras do Oriente
Ultimamente tenho déjàs vues com tudo e com nada, com sítios, com pessoas, no outro dia conheci uma chinesa que me fez tanto lembrar uma amiga maluquinha mas que adoro que fiquei mesmo a pensar se não seria a sua sósia chinesa, mesmo na personalidade e tudo. Adorável, mas um pouco scary, que imaginar-me a ter uma sósia chinesa dá-me verdadeiros arrepios. Bom em 1.3 bilhões de chineses é possível, espero contudo não a conhecer.
E depois tenho déjà vues com sítios e episódios que nunca vivi e que me parecem tão familiares. E com filmes, e séries. Tanto que tive de ir confirmar se a série que ando a seguir já não a tinha visto, tanto que me parecia já ter visto mas afinal não.
Pode ser um indicio de loucura, posso estar a ficar louca, aliás ao fim de dois anos e meio neste país não era coisa que me admirasse muito. Agora todos os dias de manhã juro que vejo estampada na expressão dos chineses esta pergunta, "o que ela está a fazer aqui?", do género a dizerem para si próprios que raio veio esta gaja fazer para a China quando já há aqui tanta gente e mais aguentar esse facto, a sobrepopulação, a sobrepoluição, a sobre asfixia chinesa. Juro que penso nisto todos os dias de manhã no metro, mesmo sem sequer.
Anda uma grande nuvem a pairar sobre a minha cabeça, se calhar trabalhar num universo tão chinês não seja bom para a minha sanidade mental. Mas bom vou espiando os males com séries que não me deixam esquecer que o ser humano é tudo menos equilibrado, mesmo que seja só uma série, para mim perante a minha realidade dos últimos dois anos só consigo pensar que aquilo é a realidade ainda que não a seja, não tamos todos perdidos, talvez seja só eu a pensar e sentir que sim. É a podridão, o buraco negro por onde resvala as nossas vidas, com picos muito esporádicos de verdadeiro êxtase ébrio. Na série, claro, que a minha vida é muito menos interessante ou podre.
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